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Líderes das bancadas do MpD e PAICV pedem coesão por S. Vicente

Os líderes das bancadas municipais do Movimento para a Democracia (MpD) e do Partido Africano da Independência de Cabo Verde (PAICV) pediram um “djunta mom” por São Vicente, no ato solene de celebração do Município de São Vicente. As intervenções destes políticos tiveram um tom de apelo, mas também reivindicativo, destoando das tradicionais frases feitas e de ocasião. 

Depois de anos sem direito à palavra, os líderes das bancadas do MpD e do PAICV puderam, finalmente, expressar as suas ideias no Dia de S. Vicente. António Rodrigues (MpD) defendeu que, com o MpD, PAICV e a UCID a rumar na mesma direção é possível que a transformação positiva de S. Vicente seja uma realidade. Neste sentido, destacou a experiência-piloto na elaboração do Plano Estratégico de Desenvolvimento de S. Vicente, que contou com a contribuição ativa de todos, sublinhando que o poder local na ilha tem, neste momento, o caminho aberto e facilitado, com bons resultados já em 2025.

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Já Nilton Silva (PAICV) mostrou-se satisfeito por esta convocação para celebrar a história, reflectir sobre o presente e projectar, juntos, um futuro promissor para a ilha. “Somos felizes por termos nascidos nesta ilha maravilhosa, que nos transforma. Mas também estamos conscientes dos constrangimentos que assolam S. Vicente e que tem feito a ilha perder oportunidades perante outros espaços territoriais deste nosso Cabo Verde”, afirmou este eleito municipal. 

Para Silva, a estagnação de S. Vicente é uma realidade sentida, exemplificando com o desemprego e o subemprego a afectar profundamente as camadas mais jovens. A estes junta ainda os males sociais, em especial o alcoolismo, o tráfico e o consumo de drogas, a prostituição, a delinquência e insegurança, que estão a cada vez mais normalizados na sociedade. “É preciso dar atenção especial ao desporto, quer a nível da transformação das infraestruturas no sentido de oferecer aos atletas equipamentos modernos e adequados às demandas formativas e competitivas atuais”, sublinhou. 

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As estradas esburacadas, o turismo, a economia azul foram também assinaladas por Silva, para quem o desenvolvimento da ilha não pode ser apenas uma promessa, mas sim uma prioridade. “O futuro de S. Vicente depende da união entre a tradição e a inovação, da preservação do patrimônio histórico, cultural e de políticas públicas que coloquem o bem-estar dos cidadãos e a saúde das empresas no centro das prioridades. O desenvolvimento da ilha é uma responsabilidade que ultrapassa ideologias e diferenças políticas”, acrescentou o líder da bancada. 

Silva lembrou que o PAICV viabilizou o funcionamento da AMSV, num sinal claro de abertura e compromisso com S. Vicente. Espera agora que esta postura sirva de exemplo e inspiração aos demais órgãos, alertando que é preferível integrar e acolher diferenças. Neste sentido, pediu que seja aproveitado o potencial de competências formativas e profissionais de cada um para se construir uma câmara plural, como ditou as eleições, e capaz de responder as demandas do município.

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A sessão solene foi marcada pela ausência dos eleitos da UCID, que, segundo informações da directora do Gabinete do presidente, rejeitaram o convite.

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Constanca Pina

Formada em jornalismo pela Universidade Federal Fluminense (UFF-RJ). Trabalhou como jornalista no semanário A Semana de 1997 a 2016. Sócia-fundadora do Mindel Insite, desempenha as funções de Chefe de Redação e jornalista/repórter. Paralelamente, leccionou na Universidade Lusófona de Cabo Verde de 2013 a 2020, disciplinas de Jornalismo Económico, Jornalismo Investigativo e Redação Jornalística. Atualmente lecciona a disciplina de Jornalismo Comparado na Universidade de Cabo Verde (Uni-CV).

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