O Ministro do Mar inaugurou a meio da manhã deste domingo a piscina oceânica da Lajinha, um projecto-piloto ainda em fase de melhoramento que Paulo Veiga espera melhorar e disseminar por outras ilhas e concelhos. É que a inauguração da estrutura aconteceu ainda com a obra incompleta, ou seja, sem a colocação do fundo de segurança nas partes destinadas às crianças, o que vai fazer com que, nesta fase, a piscina seja utilizada apenas por pessoas que sabem nadar e para formações.
De acordo com o governante, a gestão técnica da piscina vai estar a cargo da tutela, junto com a Direcção-Geral da Economia Marítima e do Instituto Marítimo e Portuário, enquanto a exploração do bar de apoio, sem álcool e onde serão comercializados frutos saudáveis e de terra, será da responsabilidade do empresário chinês Lin Jie. “Infelizmente, devido a pandemia e a outras questões de logística, o fundo de protecção ainda não chegou a São Vicente, o que deverá acontecer em agosto. Mas vai ser instalado um fundo para que esta piscina possa ter mais valências”, informou.
Nesta fase, prossegue, a piscina vai ser utilizada apenas por pessoas com prática de natação e para formar nadadores, formadores e para treinos. “O IMP vai usar a piscina para treinar os seus nadadores-salvadores e para formações outras que são necessárias. O Ministério do Mar, através do Campus do Mar, também vai usufruir da infraestrutura porque tem formações e precisa de espaço para nadar. Igualmente a Guarda Costeira vai desfrutar desta piscina”, frisou, deixando claro que este é um projecto-piloto e conta com os parceiros, no caso as associações de natação e utilizadores para fazer críticas construtivas para que os próximos projectos possam contemplar todos os aspectos necessários.
A expectativa é de que dentro de dois ou três meses a piscina estará a funcionar em pleno, inclusive para terapias e utilização lúdica, e com todas as condições de segurança. “O objectivo desta piscina oceânica é exatamente mostrar que há muito que podemos fazer com o nosso mar e temos como fazer. É claro que o projecto não deve ser liderado por um ministério, mas era preciso dar o pontapé de saída. Esperemos que as Câmaras Municipais e os privados vejam neste projecto uma oportunidade, com todo o melhoramento e sabedoria que daqui virá”, acrescentou.
Já para o presidente da Câmara Municipal de São Vicente, Augusto Neves, a inauguração desta piscina é a concretização de um sonho das escolas de natação e dos sanvicentinos, que almejam um espaço para formação de jovens e também para terapêutica. “Este é um embrião para as pessoas começarem a educar nesta vertente. Temos muitos nadadores e muitas praias na ilha, mas as coisas quando são bem feitas e organizadas de uma forma ´científica` nos permitem melhores resultados e entrar em competições a outros níveis”, assegurou.
A piscina oceânica da Lajinha tem 25 metros de cumprimento por 15 metros de largura. Neste momento ainda não tem fundo, mas, quando colocada a rede de protecção de fundo, terá duas divisões mais pequenas com 80 cm e 1m20 de profundidade e uma terceira maior e crescente, podendo ultrapassar os dois metros.