
O Governo informa que a aeronave King Air 360 ER já está a ser inspeccionada e foi certificada para evacuação médica pela FAA – Federal Aviation Administration, que é a Agência Reguladora de Aviação Civil dos Estados Unidos. Este esclarecimento do Ministério da Defesa surge no seguimento de uma conferência de imprensa proferida pelo PAICV.
Segundo a tutela, a King Air 360 ER tem uma configuração para as múltiplas missões da Guarda Costeira, incluindo a de evacuação médica e fez a sua primeira evacuação com sucesso. Diz ainda que o aparelho foi registado e tem o certificado da aeronavegabilidade emitido pela Agência de Aviação Civil. “A aeronave foi, igualmente, certificada para evacuação médica pela FAA-Federal Aviation Administration, (Agência Reguladora de Aviação Civil dos EUA) estando equipada para este fim”, refere.
Esclarece que a tripulação cabo-verdiana, certificada, realizou o voo que trouxe a Aeronave dos EUA para Cabo Verde, partindo de Florida (Titus-Ville) para New Hampshire (Concord), de New Hampshire para Açores (Lajes ) e de Lajes para Praia, num total de 17 horas de voo. Para o executivo aeronave representa um grande ganho para Cabo Verde e por isso lamenta incidente ocorrido.
No dia 17 de abril, as pás da hélice direita do avião King Air 360, construído de raiz e integrado recentemente na Guarda Costeira, sofreram um amolgamento devido a uma aterragem brusca, seis dias após a chegada a Cabo Verde e na primeira missão médica, solicitada pelo Ministério da Saúde.
Na sequência, o PAICV, através do deputado nacional Démis Almeida, pediu uma “investigação séria e independente” conduzida pelo Instituto de Prevenção e Investigação de Acidentes Aeronáuticos e Marítimos (IPIAAM) e pela Agência de Aviação Civil (AAC) ao incidente com a aeronave King Air 360 ER, alegando “falta de clareza” nas circunstâncias do caso.
De recordar que, logo após o incidente, Comissão para a Implementação da Aviação Militar (integrada por técnicos do Ministérios da Defesa e das Finanças, das FA, da ASA e da Agência da Aeronáutica Civil), explicaram que, durante a operação de transporte de paciente da Boa Vista para Santiago, o avião fez uma aterragem brusca e verificou-se, no seguimento, o amolgamento das pás da hélice direita.
Esta comissão disse ainda que, pelas regras da aviação e do próprio fabricante do aparelho, este facto determina que o mesmo seja submetido a inspeção de avaliação antes de retomar os voos de treino, agora confirmada pelo executivo.