Equipa de especialistas segue para ilha do Fogo para ajudar no desencalhe do “Deimos”
Uma equipa de especialista segue esta segunda-feira para a ilha do Fogo para ajudar no desencalhe do navio “Deimos”. O Instituto Marítimo e Portuário garante que a operação de desencalhe deste cargueiro decorrem a bom ritmo e que o navio está estável, contrariando as informações divulgadas pela associação ambientalista “Projecto Vitó”, que alertou para consequências de um possível vazamento de combustível a partir do navio.
Em comunicado, o IMP explica que o navio de carga “Deimos Panamá” está completamente assente no fundo do mar, a cerca de dois metros da terra e que apenas a casa de máquinas deste cargueiro continua parcialmente inundada pela água. “As medidas de segurança, tanto marítimas, portuárias, como ambientais, foram acionadas desde o inicio, pelo que, até então, o acidente não representa perigo eminente de poluição marinha”, assegura.
O instituto informa ainda que o local do encalhe não coloca em causa a operacionalidade do porto Vale dos Cavaleiros, pelo que as operações de entrada e saída de navios deverão decorrer normalmente. “Para reforçar a equipa técnica e auxiliar a elaboração do plano de salvamento e resgate do “Deimos”, esta segunda feira, chegarão à ilha do Fogo, outros técnicos e especialistas das diversas entidades envolvidas, nomeadamente mergulhadores, engenheiro naval e técnicos de segurança ambiental”.
Este navio cargueiro de bandeira panamenha, recorda-se, encalhou no largo do Porto de Vale dos Cavaleiros na sexta-feira, ao que tudo indica, devido a um blackout total. As autoridades foram imediatamente accionadas e iniciaram os procedimentos para o resgate da embarcação. Os trabalhos de resgate poderão ser autorizados nos próximos dias, desde que garantidas as condições de segurança para o porto e para Cabo Verde.
Em relação as suspeitas de vazemento do projecto “Vitó”, estes baseiam numa foto do navio nas imediações do porto. O coordenador do projecto, em declarações à imprensa, disse que, a confirmar-se, o derrame pode constituir um perigo para toda a orla costeira de São Filipe, frequentada para a pesca e a desova de tartarugas. Disse ainda que sentiu um “cheiro forte” de combustível após uma visita ao local onde o navio deu em seco.