EMAR e CV Interilhas assinam acordo para promover formação técnica e profissional para o sector marítimo
A Escola do Mar e Cabo Verde Inter-Ihas, empresa concessionaria dos transportes marítimos de carga e passageiros interilhas, assinaram hoje um protocolo de cooperação no domínio da formação técnica e profissional, execução de projectos com envolvimento e afectação de recursos e na organização de feiras de profissões, seminários, conferencias temáticas, visitas de estudos, estágios, de entre outros. O acto foi testemunhado pelo Ministro do Mar, Abraão Vicente, e diversos serviços afectos ao ministério, Escola do Mar e demais instituições do Estado.
Numa curta intervenção, o presidente substitui explicou que a EMAR tem como missão incrementar e qualificar a capacidade de resposta em relação a demanda nacional de pessoal do mar, fortalecer a ligação entre o ensino empresarial e consolidar as ofertas formativas, reforçando em áreas de conhecimento de maior empregabilidade. “A EMAR e a CV Interilhas têm em vista o estreitamento das relações institucionais e a implementação e desenvolvimento de projectos com enfoque na formação técnica e profissional na área de transportes marítimos e afins ao sector, bem como capacitar os cabo-verdianos pra os desafios e oportunidades do mercado nacional, e cooperar em materiais técnico-científico de comum interesse”, detalhou Ivan Bettencourt
Sobre o protocolo, informou que tem como objectivo a promoção do sector marítimo junto aos jovens formandos e recém-formandos da EMAR e a formação de quadros afectos ao sector, a colaboração na produção, divulgação e publicação de documentos técnicos e científicos com relevância para o sector marítimo, a colaboração na criação de formações que possam ir ao encontro das necessidades da CVI, em condições a serem definidas. Ainda, sensibilizar as empresas do grupo ETE para igualmente acolher os estagiários curriculares, atribuir uma bolsa aos formandos de mérito da Emar, avaliar a possibilidade de condições especificas do transporte marítimo aos formandos e fazer cursos sob medida para a CCVI onde possam existir falhas.
Em resposta, o vice-presidente do Grupo ETE e Presidente da Comissão Executiva do CV Interilhas destacou a importância que a empresa atribui a formação, sobretudo para um país que quer elevar o nível de qualidade e estar inserido no mundo global. “A EMAR faz parte de uma estrutura bem montada em termos de formação e temos consciência que vai também desenvolver um programa muito bom, não só por causa dos armadores ou por ter um lógica de apetrechar ou armar navios de marinha mercante no país ou para o mundo. É uma questão de qualificação, competitividade, segurança a bordo, e melhoria do serviço de transportes de passageiros e mercadorias, que é vital para um país arquipelágico”, frisou Jorge Maurício, deixando claro que o transporte marítimo não vai desaparecer.
Aliás, para este responsável da CV Interilhas um dos maiores projectos de Cabo Verde nos últimos tempos foi a construção de um modelo de transporte marítimo em regime publico para servir todas as ilhas com rotas bem definidas, itinerários organizados, horários pre-definidos e com um modelo operacional que satisfaz o mercado. Lembrou ainda que a CV Interilhas é neste momento o maior armador de Cabo Verde, ainda que com algumas insuficiências porque está num processo de construção. “A formação é importante porque estamos num processo de implementação de sistemas de gestão de qualidade e de segurança dos navios para podermos de facto qualificar melhor. Em boa hora toda a estrutura de ensino do Campus do Mar está melhor preparada para isso.”
Já o Ministro do Mar garantiu que o protocolo cumpre todos os parâmetros que o Governo tem como visão, mas que os cabo-verdianos têm na sua expectativa. Isto porque, afirmou, cria e eleva as expectativa dos jovens, que querem ver no EMAR uma escola que garanta a empregabilidade, forma para empregos dignos e cria expectativas no sentido de integrar os quadros da CV Interilhas e dos outros armadores em Cabo Verde e, por que não, a internacionalização dos quadros. “Espero que o staff da CV Interilhas aqui presente compreenda que não estão num ramo de negócio fácil e não será nunca fácil a relação com os cabo-verdianos e com o Estado porque as expectativa e a necessidade de nos movermos, transportar cargas e pessoas, será sempre a nossa prioridade máxima. Precisamos fazer o charme no sector dos transportes marítimos, elevar esta experiências ao nível dos transportes aéreos, ou seja, fazer com que os cabo-verdianos sintam prazer na viagem via marítima”, finalizou.