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Directiva do MP impede advogados de contactar clientes na Cadeia da Ribeirinha 

Advogados inscritos na Ordem dos Advogados de Cabo Verde (OACV) denunciam directiva do Ministério Publico que os impede de contactar os seus clientes reclusos na Cadeia da Ribeirinha. Inconformada, a Ordem pede ao MP para repor a legalidade, sob pena de tomar medidas cabíveis.

Em comunicado, o Bastonário e a Coordenação da OACV-Barlavento afirma que esta directiva constituiu uma violação grave não só do direito do recluso à ampla defesa, mas também do advogado de exercer digna e legalmente a sua profissão. Na sequencia, pedem esclarecimentos à direção da Cadeia e ao MP, na pessoa da Coordenadora da Procuradoria da Comarca de São Vicente.

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Perante esta situação, a Coordenadora da OACV e o Bastonário dizem estranhar o ‘silêncio continuo e sepulcral’ das autoridades. Afirmam, por outro lado, que não foi disponibilizado o conteúdo e nem a base legal do despacho. Estranham ainda o facto de ser a Procuradoria a dar ordens à Cadeia. 

Por isso, decidiram tornar esta denúncia pública, por considerar a situação ‘flagrante, indigna e ilegal propiciada por quem deveria, em primeiro lugar, pugnar pela defesa e pelo cumprimento da lei.’

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E terminam dizendo que, caso o MP não reponha imediatamente a legalidade, a OACV e a Coordenação Norte da Ordem tomarão medidas cabíveis e urgentes.

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Constanca Pina

Formada em jornalismo pela Universidade Federal Fluminense (UFF-RJ). Trabalhou como jornalista no semanário A Semana de 1997 a 2016. Sócia-fundadora do Mindel Insite, desempenha as funções de Chefe de Redação e jornalista/repórter. Paralelamente, leccionou na Universidade Lusófona de Cabo Verde de 2013 a 2020, disciplinas de Jornalismo Económico, Jornalismo Investigativo e Redação Jornalística. Atualmente lecciona a disciplina de Jornalismo Comparado na Universidade de Cabo Verde (Uni-CV).

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