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Declarada situação de calamidade nas ilhas do Sal e S. Nicolau e concelho do Porto Novo 

O Governo declarou situação de calamidade nas ilhas do Sal e de São Nicolau e no concelho do Porto Novo, Santo Antão, devido aos estragos provocados pela onda tropical, que atingiu o país nos dias 10 a 12 de outubro. Na sequência, foi aprovado um plano de intervenções urgentes a serem feitas visando repor a habitabilidade das famílias em São Nicolau e de acessibilidade em Porto Novo, e ainda a realização de obras de carácter temporário para assegurar as condições mínimas de funcionamento e de segurança até a construção do novo cais de pesca da Preguiça

De acordo com uma resolução, aprovada em Conselho de Ministros e publicada no Boletim Oficial, durante a passagem da onda tropical, registaram-se estragos um pouco por todo o país, mas com maior intensidade nas ilhas de São Nicolau, Sal e Santo Antão. Neste contexto, entre os dias 14 a 17, uma equipa técnica do Ministério das Infraestruturas deslocou-se a estas três ilhas com a missão de avaliar os locais e infraestruturas afectadas e fazer um levantamento dos danos infligidos. 

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Diz o documento que, no concelho de Porto Novo, o relatório de avaliação dos danos foi elaborado pela Câmara Municipal. ‘No âmbito da visita à ilha de S. Nicolau constatou-se que o cais de pesca de Preguiça sofreu estragos consideráveis, que comprometeram a estrutura e o pavimento da plataforma e que resultaram na destruição parcial da unidade de produção de gelo ali instalada, com claros prejuízos para a pesca artesanal’, refere, destacando ainda os danos provocados em oito habitações em Estância de Brás e Canto Fajã, duas pequenas comunidades do norte da ilha que vivem da atividade agrícola.

Relativamente à ilha do Sal, indica, efectuou-se uma inspeção ao pontão de Santa Maria, que permitiu comprovar os danos significativos causados pela acção da forte agitação marítima à estrutura que resultou no colapso de toda a construção, impedindo a continuidade da actividade de pesca artesanal no local.  Já no Porto Novo,  foi possível apurar os danos infligidos à rede de estradas municipais, de acessos e de caminhos vicinais, gerando constrangimentos à circulação de pessoas e bens. 

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‘A situação afigura-se crítica, tornando necessária a realização de intervenções de caráter emergencial, visando garantir, no mais curto espaço de tempo, a reposição das condições mínimas adequadas à prática da atividade da pesca artesanal no Cais de Preguiça e no Pontão de Santa Maria. Das normais condições de habitabilidade das oito famílias diretamente afetadas de São Nicolau e das necessárias condições de mobilidade, de acessibilidade e de segurança da população nas ilhas de Santo Antão e de S. Nicolau e dos turistas que as visitam.’

Em relação ao Pontão, a resolução esclarece que se trata de uma intervenção de natureza temporária, cujo propósito é viabilizar a continuidade da utilização em segurança da infraestrutura, designadamente para a pesca artesanal, durante o período em que decorrem as obras de construção de uma nova estrutura. O projecto, cujo concurso encontra-se em fase de adjudicação, será financiado pelo Banco Mundial. Também a intervenção no Cais da Preguiça será temporária para permitir a sua utilização com alguma segurança até à construção de uma nova infraestrutura, cujo projeto está avaliado em 600 milhões de escudos e que deverá contar com financiamento internacional.   

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Fase ao relatado, entende o Governo declarar situação de calamidade nas ilhas de São Nicolau, Sal e Santo Antão, com duração de seis meses. Na sequência, aprova o plano de intervenção de urgência a serem realizadas e os respectivos orçamentos. Diz ainda que compete às Câmaras da Ribeira Brava e do Porto Novo, através dos gabinetes técnicos, coordenarem as intervenções de âmbito municipal visando a reabilitação das habitações familiares e a reposição dos níveis de serviços nas estradas. Já ao MIOT coordenar os trabalhos necessários à imediata reposição das condições de segurança à utilização do  cais de pesca da Preguiça e do Pontão de Santa Maria. 

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Constanca Pina

Formada em jornalismo pela Universidade Federal Fluminense (UFF-RJ). Trabalhou como jornalista no semanário A Semana de 1997 a 2016. Sócia-fundadora do Mindel Insite, desempenha as funções de Chefe de Redação e jornalista/repórter. Paralelamente, leccionou na Universidade Lusófona de Cabo Verde de 2013 a 2020, disciplinas de Jornalismo Económico, Jornalismo Investigativo e Redação Jornalística. Atualmente lecciona a disciplina de Jornalismo Comparado na Universidade de Cabo Verde (Uni-CV).

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