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Cumpridos todos objectivos do projecto Rede Turismo Sustentável e Solidário

O projeto da Rede de Turismo Sustentável e Solidário em São Vicente, que encerrou hoje, foi considerado pelos seus promotores um sucesso. É que, segundo os promotores, todos os objectivos traçados foram cumpridos no terreno.

O principal do propósito, nos mais de três anos de implementação, foi trabalhar junto das comunidades da ilha, traçar rotas turísticas  e pautar pela proteção do meio ambiente como forma de promoção do turismo. Durante este período, dizem, foram desenvolvidas uma série de actividades, dos quais se destacam a instalação do Centro de Economia Solidário no Mercado Municipal, uma Unidade de Transformação Agro-alimentar em Lameirão, uma oficina de construção de botes tradicionais em Salamansa e ainda ministradas formações para guias turísticos.

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O engenheiro Aguinaldo David garante que se conseguiu transmitir às comunidades “valores de auto-estima, espirito de empreendedor de inclusão, respeito mutuo, tolerância para com aquele que vem de fora, convivência e solidariedade entre as comunidades da ilha  e uma melhor articulação entre o meio rural e o urbano”. Este destacou ainda, como aspecto relevante, o facto de que o projecto ter actuado em zonas socialmente “excluídas” como Ribeira Bote, Ribeira do Calhau, Salamansa, entre outras através de ferramentas de revitalização social, apoiou e fomentou projetos locais, familiares e associativos como forma de dinamizar a economia local.

Para os promotores, o que se propõe é utilizar o turismo como ferramenta para poder desenvolver atividades locais. “Sao Vicente era um caso chave para descrever a dificuldade do turismo em aceder às comunidades. Como é o caso dos cruzeiros que atracavam no porto da ilha em que as agencias de turismo passeavam de carro pela cidade e pelas zonas, no entanto não se registava nenhuma troca com as comunidades. Não havia nenhum turista que deixasse alguma riqueza”, afirma Adriano Palma, um dos membros do projeto. Com isso foi criado um mapa onde foram traçadas três rotas para fazer chegar o turismo às localidades e aos produtores locais.

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A União Europeia financiou em 90 por cento o projecto, que está orçado em mais de meio milhão de euros (529 508,79 euros), tendo a Camara Municipal de São Vicente e a ProEmpresa arcado com os outros 10 porcento do valor.

A embaixadora da União Europeia em Cabo Verde, Sofia Moreira de Sousa, explicou que, nos últimos cinco anos, a UE investiu 550 milhões de escudos em projetos na área de organização da sociedade civil e autoridades locais. “Falamos de 12 projetos na área do organização do turismo sustentável nas diversas ilhas, incluindo as mais isoladas do circuito turístico”, assegurou com Sofia Sousa, para quem a rede do Turismo Sustentável e Solidário inspirou projetos nas outras ilhas, devido à sua “metodologia participativa”.

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Este projeto, refira-se, envolveu organizações locais, nacionais e estrangeiras como a Associação amigos da Natureza, o Centro de Estudos Rurais e Agricultura Internacional (CERAI), a CMSV, a ProEmpresa, o ISCEE, o programa das Áreas Protegidas de S. Vicente e Santa Luzia do Ministério da Agricultura e do Ambiente, e associações rurais e comunitárias.

Sidneia Newton (Estagiária)

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Constanca Pina

Formada em jornalismo pela Universidade Federal Fluminense (UFF-RJ). Trabalhou como jornalista no semanário A Semana de 1997 a 2016. Sócia-fundadora do Mindel Insite, desempenha as funções de Chefe de Redação e jornalista/repórter. Paralelamente, leccionou na Universidade Lusófona de Cabo Verde de 2013 a 2020, disciplinas de Jornalismo Económico, Jornalismo Investigativo e Redação Jornalística. Atualmente lecciona a disciplina de Jornalismo Comparado na Universidade de Cabo Verde (Uni-CV).

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2 Comentários

  1. Parece até que os cães, pelo menos em São Vicente e em especial nas chamadas “zonas” são xenófobos. Qualquer cara estranha é logo recebida com um ataque de cães vadios que circulam por toda a cidade.
    Neste País qualquer cão que não tem nem onde cair morto julga-se no direito de ter vários cães sarnentos que vagueiam por todos os lados defecando, coçando os seus carrapatos ,intimidando as pessoas, especialmente nas praias de Laginha, Pedra de Doca, Baia das Gatas, etc,etc, poluindo esses lugares frequentados não só pelos nacionais mas também pelos turistas. Um verdadeiro atentado à saúde pública. Não esquecer também a orquestração e poluição sonora à noite, responsável pela insônia de muitos cidadãos por parte desses cães sem abrigo e sem dono.
    Para não pôr em perigo o turismo sustentável seria aconselhável que o Hospital Batista de Sousa tenha uma boa reserva de vacina contra raiva para proteger os turistas menos atentos e não habituados a conviver com cachorros “de quatro pés” que infelizmente e para o desespero da população circulam por toda a cidade e arredores.
    Aqui fica a sugestão para a equipa responsável pelo desenvolvimento do turismo in(sustentável) nesta Ilha povoada de cães.
    Não quer ser saudosista, evitando assim quaisquer ataques dos pseudos nacionalistas, mas sim por uma questão de informação aos mais jovens, no tempo colonial a Câmara Municipal mandava abater os cães vadios. Havia até uma equipa especial para executar tal serviço. Devo esclarecer que para esse trabalho não eram contratados doutores ou engenheiros. Outros tempos, outras normas, outros costumes, outros comportamentos, outra concepção de higiene e saúde pública, enfim uma outra mentalidade e atitude.

  2. Parabéns Clara Medina.
    Vamos a ver se eles compreenderam o que disseste porque às vezes parece que a gente fala chinês.

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