Comissão Politica Concelhia do MpD em SV apresenta novos membros
O coordenador da Comissão Política Concelhia do MpD em São Vicente apresentou esta sexta-feira à imprensa, dois novos membros, resultante da remodelação deste órgão partidário, após a destituição de dois outros elementos, naquele que é mais um capítulo da briga interna no partido. São eles o professor-reformado Daniel Soares e o psicologo Alfredo Chantre, segundo Armindo Gomes, ambos conhecidos, com provas dadas e que se colocam os seus serviços a disposição dos militantes.
Com a entrada destes novos membros, entende o coordenador da CPC do MpD, estão criadas as condições para o MpD ganhar um novo fôlego e preparar o ciclo de eleições que se avizinha, e que começa em 2024 com as eleições autárquicas. “O partido vai se organizar e é propósito de Alfredo Chantre, junto com Daniel Soares, organizar as comissões dos militantes nas zonas”, afirma Armindo Gomes, para quem, depois de um período conturbado e de certa crispação, é sua forte convicção que o MpD vai entrar nas eleições bem preparado porque vão trabalhar para alcançar os objectivos preconizados e que foram traçados desde a sua eleição como presidente da Comissão Política.
Daniel Soares justificou a decisão de aceitar o convite para integrar a Comissão Política porque, diz, é militante do partido desde a primeira hora. “Estou reformado e penso dar o meu apoio máximo ao partido com que me identifico, mas com a condição de ser parte da solução e nunca do problema. Quero ajudar a resolver os problemas que elencamos no partido. Foi neste sentido que aceitei o convite que me foi feito para trabalhar com o presidente da Comissão Política Concelhia. Quero trabalhar com prazer para o partido que pertenço, repito, sendo parte da solução dos problemas”, declarou.
Sem qualquer receio, Alfredo Chantre explicou que, durante a recente campanha para ás eleições internas do MpD, esteve ao lado de Orlando Dias. No terreno, afirmou, percebeu uma grande desmotivação e desconfiança no seio dos militantes. Foi por isso que, ao receber o convite do presidente da CP, decidiu aceitar, entendendo que é uma oportunidade para ajudar a inverter este cenário. “Uma das coisas que pretende fazer, conforme já acordei com o presidente, é contactar e fazer eleições nos núcleos para que os coordenadores sejam eleitos e não designados.”
Questionado sobre as razões para esta alegada desmotivação e desconfiança, Alfredo Chantre justifica dizendo que os militantes do partido só são chamados na altura das eleições. “Foram os militantes que disseram-me que só são chamados na altura das eleições. Batem na sua porta quando vão a procura de votos, ou seja, quando o partido precisa deles. Não pode ser. Os militantes terão de ser envolvidos. É preciso estabelecer um diálogo permanente com os militantes”, acrescentou.
Para além destes dois membros agora apresentados, falta ainda um terceiro. Entram para o lugar de três elementos, que foram destituídos pelo presidente da Comissão Concelhia. Mas Armindo Gomes não avançou as razões, optando por dizer apenas que foi por “questões internas.” “Não colaborando com a minha liderança coube a mim decidir. Mas todos sabem como agir em conformidade com os Estatutos. Sabem a onde recorrer para protestar e fazer o que bem entenderem”, concluiu.