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Capturado fuzileiro evacuado da Praia que fugiu do HBS

Já foi capturado e colocado em quarentena obrigatória seguida pela Delegacia de Saúde de São Vicente o indivíduo evacuado da ilha de Santiago para tratamento no Hospital Baptista de Sousa. Trata-se de um jovem de 28 anos, fuzileiros das Forças Armadas, instituição que vai ter agora de descobrir como e o porquê da fuga. 

Em declarações ao Mindelinsite, o Delegado de Saude de São Vicente explicou que o indivíduo fugiu na madrugada de hoje. De imediato, foram avisados pelo Hospital Baptista de Sousa e accionaram a Policia Nacional e as Forças Armadas e foi capturado por volta das 13h.

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“Trata-se de um doente de São Vicente, que foi evacuado da Praia. Chegou no HBS e foi visto por um médico e internado na enfermaria de investigação daquela estrutura de Saúde para ser acompanhado”, relata Elisio Silva.

Foi capturado na sua residência e, ao ser confrontado, alegou que fugiu porque estava a sentir-se bem e não ia ficar no hospital. O DS admite que não sabem como conseguiu fugir, tendo em conta que se encontrava no espaço reservado. “Cabe à instituição militar apurar como conseguiu sair e decidir ou não por uma punição. Lembro que o indivíduo é fuzileiro naval. Da parte dos serviços de saúde, foi colocado em quarentena obrigatória”, refere.

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O indivíduo chegou ontem à ilha de São Vicente num voo sanitário proveniente da ilha de Santiago com indicação cirúrgica. A directora do HBS confirma que o hospital tem estado a receber pacientes das outras ilhas para cirurgias de orto-traumatologia devido a uma avaria no equipamento de imagem do Hospital Central da Praia. 

A directora do HBS confirma que o paciente não apresentava sintomas e descarta risco, alegando que tomaram todas as precauções. Foram transportados numa ambulância própria e isolados na enfermaria de transição até terem certeza que não estão infectados com Covid-19.

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Constanca Pina

Formada em jornalismo pela Universidade Federal Fluminense (UFF-RJ). Trabalhou como jornalista no semanário A Semana de 1997 a 2016. Sócia-fundadora do Mindel Insite, desempenha as funções de Chefe de Redação e jornalista/repórter. Paralelamente, leccionou na Universidade Lusófona de Cabo Verde de 2013 a 2020, disciplinas de Jornalismo Económico, Jornalismo Investigativo e Redação Jornalística. Atualmente lecciona a disciplina de Jornalismo Comparado na Universidade de Cabo Verde (Uni-CV).

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4 Comentários

  1. O paciente evacuado veio como militar ou como civil? Nao entendo porque é que tem se ser as FA a tentar saber como fugiu? Os procedimentos de investigacao e punicao devem ser para um cidadao comum que infringiu as leis deste Pais. Ninguem quer assumir as suas resposabilidsdes ou eu é que estou a fazer confusão?

  2. A única coisa que se pode dizer é que neste momento transferir pessoas de ilhas infectadas para ilhas onde actualmente não há casos, sem um teste negativo de PCR (no mínimo um) é de uma irresponsabilidade de todo o tamanho, a não ser que a vida dos pacientes dependa da cirurgia e não se possa esperar pelos resultados. Já todos conhecemos e tivemos provas da falta de sentido de responsabilidade de uma franja da nossa população, para estarmos a pôr a saúde e a vida de todos nós nas mãos de pessoas que podem estar infectadas e que poderão não se comportar como deviam. Mas estamos na terra dos facilitismos, e até quem devia mostrar mais responsabilidade não o faz. Depois, quando a doença se espalhar, como aconteceu na Praia, vamos ouvir dizer que tudo foi feito como devia ser, que não houve falhas, blá, blá, blá. A culpa é só do Covid! Quem facilitou não tem culpa! Ou então, culpa-se só a população. Esta tem culpa, mas aqueles que têm o poder de decisão nas mãos têm o dever de pensar pelos que não sabem pensar. E os diplomas que as pessoas têm nas mãos ou nas paredes deviam ser certificados de que sabem pensar. Prevenção, Prevenção, Prevenção é o que precisamos. E isso significa tomar todas as previdências. Não é transferir pessoas baseados nos testes rápidos de anticorpos, sabendo que os anticorpos podem levar mais de sete dias para aparecerem, depois de uma pessoa estar infectada e poder infectar outros.

  3. Pois é … continuamos a “brincar com coisa séria” … Neste momento, a primeira condição para transferência de um paciente de um hospital para outro deveria ser o teste negativo a Covid-19. … mas no meio de uma pandemia espanta-me o comportamento irreprovável de quem se espera o Exemplo; Policias e Militares. Primeiro foi o tal PJ, que não “soube” manter a quarentena, e desencadeou um foco de contágio na Praia, depois foi a notícia que uma pessoa com Covid-19 teria, em pleno estado de emergência, teria deslocado “de boleia”, de Boavista para a Praia, no barco da guarda costeira, desencadeando um outro foco de contagio … Agora este militar, que não soube dar o exemplo de disciplina e cumprimento de regras ….

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