Apresentada na Praia candidatura oficial do Campo Concentração a Património Mundial

O Governo, através do Ministério da Cultura e das Indústrias Criativas, promove esta segunda-feira, 2 de junho, o primeiro encontro de apresentação oficial da Documentação da Candidatura do Campo de Concentração do Tarrafal de Santiago a Património Mundial da UNESCO. A sessão será presidida pelo Primeiro-ministro, Ulisses Correia e Silva.
Esta sessão marca o início de um conjunto de encontros com entidades públicas e parceiros estratégicos, liderados pelo MCIC, que visam socializar o processo de candidatura e reforçar a mobilização institucional e comunitária em torno desta causa de elevada importância histórica e patrimonial. Diz o Governo em comunicado enviado à redação do Mindelinsite que o processo de socialização junto da população do Tarrafal de Santiago já está em curso, conduzido pela equipa técnica do Instituto do Património Cultural, no quadro de uma abordagem participativa e inclusiva.
Durante a III Reunião Extraordinária dos Ministros da Cultura da CPLP, realizada em São Tomé e Príncipe de 5 a 7 de maio de 2024, refere a nota, os Estados-Membros da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa manifestaram, através da Declaração Final, apoio formal à candidatura do Campo de Concentração do Tarrafal, reconhecendo o seu valor histórico e simbólico para a memória coletiva dos povos lusófonos. “A candidatura será apresentada de forma conjunta por Cabo Verde, Portugal, Angola e Guiné-Bissau, num gesto de afirmação da memória histórica comum e de compromisso com a valorização do património ligado à resistência e à luta pela liberdade”, detalha o Governo.
Esclarece que a intenção da candidatura foi formalizada através de uma resolução de 2024, publicada em 25 de abril de 2024, alinhando-se com a Convenção para a Proteção do Património Mundial, Cultural e Natural, adotada a 21 de novembro de 1972, à qual Cabo Verde aderiu na qualidade de Estado Parte. E termina dizendo que a preservação e a valorização do Campo do Tarrafal como Património Mundial traduzem o reconhecimento da urgência de proteger bens culturais ameaçados por transformações sociais e económicas, assegurando a sua transmissão às futuras gerações.