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Teatro Gíria de Portugal apresenta espetáculo “A 20 de Novembro” no CCM

O Teatro Gíria de Portugal apresenta nos dias 24 e 25 de abril a espectáculo “A 20 de Novembro, no Centro Cultural do Mindelo, com o apoio da Direcção-Geral das Artes. Com esta apresentação, a peça, que já passou por várias cidades lusas, inicia a circulação internacional, dedicado à celebração da liberdade. 

Da autoria de Lars Norén, o espectáculo “A 20 de Novembro” dá voz a um jovem de 18 anos, Sebastian Bosse, prestes a invadir a escola onde estudou com o intuito de fazer um massacre. A interpretação está a cargo de Francisco Lopes. De acordo com uma nota enviada à imprensa, o dramaturgo sueco pesquisou extensivamente o massacre de 2006, lendo o diário do jovem, as publicações no seu website, e assistindo ao vídeo que Sebastian fez antes do tiroteio. 

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Neste monólogo, honesto e implacável, com duração de 70mn, prossegue, o jovem fala da violência verbal, física, e psicológica de que foi vítima, do ódio pela escola, do conceito de liberdade que, para ele, não passa de mera ilusão, e do sentimento de não pertença. “Neste texto, a meio caminho entre o manifesto e o solilóquio, desenvolve uma teoria política para justificar o que está prestes a fazer, enquanto revela as feridas mais íntimas”, lê-se no sinopse.

Os professores são apontados como o principal alvo deste atentado que, diz Sebastian, nada fizeram para impedir que ele fosse maltratado pelos colegas. No espectáculo, cuja tradução é assinado por José Peixote e encenado por Rodrigo Aleixo, o jovem está num limbo entre o contar e o reviver, e o acusar e o procurar respostas. A apresentação está marcada para às 17h e às 10h30 dos dias 24 e 25.

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Sobre o Teatro Gíria, esta diz que se trata de uma estrutura de criação multidisciplinar que aposta na produção e difusão das artes performativas, focando-se principalmente no teatro, seja ele de repertório ou de criação, e nas novas dramaturgias portuguesas e europeias, sem exclusão de outras.

A criação desta estrutura, dizem os seus promotores – Francisco Lopes, Rodrigo Aleixo e Patrícia Fonseca – surge da vontade e necessidade de criar um novo espaço, humano e físico, de pesquisa, experimentação e liberdade, focado em questões contemporâneas. Acreditam que na arte se encontra um espaço propício para a educação e para estimulação da evolução do pensamento,

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Afirmam pretender desenvolver uma programação que seja sinónimo de uma maior aposta em novos e jovens criadores, aliados a outros criadores com percursos artísticos sólidos e experientes; fomentar a criação de novas dramaturgias dramáticas e pós dramáticas de entre outros propósitos. 

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Constanca Pina

Formada em jornalismo pela Universidade Federal Fluminense (UFF-RJ). Trabalhou como jornalista no semanário A Semana de 1997 a 2016. Sócia-fundadora do Mindel Insite, desempenha as funções de Chefe de Redação e jornalista/repórter. Paralelamente, leccionou na Universidade Lusófona de Cabo Verde de 2013 a 2020, disciplinas de Jornalismo Económico, Jornalismo Investigativo e Redação Jornalística. Atualmente lecciona a disciplina de Jornalismo Comparado na Universidade de Cabo Verde (Uni-CV).

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