A justiça norte-americana condenou os pais de Ethan Crumbley, o adolescente que matou quatro colegas de turma numa escola perto de Detroit, em 2021, nos EUA, avançou esta terça-feira a BBC. Jennifer Crumbley e James Crumbley vão cumprir penas de prisão entre 10 a 15 anos, sendo que receberam um “bónus” pelo tempo que já cumpriram, ou seja, dois anos e três meses.
A juíza afirmou que o objetivo da sentença é “agir como um dissuasor”, acrescentando que as acusações “não têm a ver com a posse de armas”, mas sim com a incapacidade de impedir um ataque. Explica ainda que James “caracterizou-se a si próprio como um mártir”, por ter acesso ilimitado a uma arma e munições, mas que a mulher, Jennifer, “glorificou o uso dessa arma”, tendo tido uma atitude “desapaixonada e apática”.
James Crumbley, de 47 anos, foi considerado responsável pelo crime por ter dado a arma ao filho. Enfrentava quatro acusações de homicídio involuntário, uma por cada vítima. A esposa, Jennifer, foi condenada em fevereiro. Trata-se de uma decisão histórica da justiça norte-americana, que nunca tinha condenado os pais de um atirador.
O filho, Ethan, declarou-se culpado em 2022 de quatro acusações de homicídio em primeiro grau e foi condenado a prisão perpétua sem liberdade condicional em dezembro. Matou quatro colegas: Hana St. Juliana, de 14 anos, Tate Myre, de 16, Madisyn Baldwin, de 17, e Justin Shilling, também de 17.
Tanto James como Jennifer foram proibidos de ter contacto com as famílias das vítimas. A juíza emitirá ainda uma ordem futura relativa à possibilidade de comunicarem com o seu filho, Ethan Crumbley.
C/Agências