O álbum “Nha História”, do artista Jon Neves, vai estar disponível em todas as plataformas digitais no dia 29 de março, sexta-feira. Trata-se do quarto CD da sua carreira e conta com arranjos do próprio autor e participação de 25 músicos, cabo-verdianos e estrangeiros, entre os quais Djoy Delgado, Claudio Ramos, José da Rosa, Samú e Nana. “Este álbum retrata toda a minha história”, diz.
O CD é composto por 17 faixas, todas originais, com música, letra, melodia e arranjos de Jon Neves, que também é o produtor executivo. Contou ainda com participação de nomes como Voginha, Kim Alves, Toy Vieira, Danilo Tavares, Teofilo Chantre, Djim Job, Vady Dias, Toto, Erineu Monteiro, Marlene Fortes, Bety Fonseca, Nuno Costa, Yanick Almeida, entre outros. “Este é um projecto que demorei quatro anos para concluir. Os ritmos são na sua maioria tradicionais, mas há também estilo reggae em três faixas”, explicou Jon Neves, destacando a colaboração deum jamaicano, um angolano e um inglês.
A distância da terra natal – é emigrante há vários anos nos EUA – é uma das principais inspiração do artistas. “A emigração é a de quase todas as minhas músicas”, afirmou o entrevistado Mindelinsite, reconhecendo que a música não é a sua principal atividade, mas uma paixão desde sempre. “Fiz todas as bases sozinho. Depois envolvi outros artistas. Já a mistura foi feito, na sua maioria, por Danilo Tavares na Holanda e por Samu Cruz em Cabo Verde”, referiu, convidando as pessoas para acederem ao álbum e videos no Spotify, Apple Music, Tik Tok, Istagram, Amazon Music ou YouTube Music.
De nome completo Joao Neves Almeida, nasceu na ilha de S. Nicolau e, aos três anos, mudou para São Vicente junto com a família, onde fez os seus estudos. Nesta fase, a sua principal paixão era o futebol. Aos 16 anos mudou-se para a ilha do Sal onde chegou a integrar as equipas federadas dos Académicos, Santa Maria e Atletico e, posteriormente, para os Estados Unidos.
Encontrou a música em casa. “Soube que o meu pai tocava cavaquinho nos bailes e batizados, em S. Nicolau, antes de imigrar para Holanda. O meu irmão mais velho tinha um violão e um órgão. Gostava dos sons e as vezes brincava com estes instrumentos, mas não tinha qualquer orientação. Um dia o meu amigo Samba mostrou-me três notas de uma musica brasileira e eram as mesmas de outra do Anibal do Kings. Isso despertou a minha curiosidade.”
Quando emigrou para os EUA, diz, a ideia era continuar os seus estudos, mas a paixão pelo futebol foi mais forte, tendo jogado numa liga na Nova Inglaterra, que lhe garantiu uma bolsa de estudos num colégio em Brockton, Massachutts. Tentou conciliar suas paixões: música e futebol, tendo integrado os grupos musicais “Africa Show” e “Tropical Lighting”, em New Bedford Massachutts. “A minha passagem por estes grupos foi curta, apenas para participar nas tocatinas nos fins de semana. Logo percebi que não queria ser uma cópia de outros músicos. Queria criar as minhas próprias musicas”, explica.
Foi então que criou, junto com o amigo Beto Santos, um estúdio em sua casa em Bedfortd, que produziu o seu primeiro álbum “Tchon Sagrado”, com temas originais, em 1998. Dois anos depois, em 2000, gravou “Amizade”, dedicado a sua mãe, com oito faixas inéditas e com participação de artistas de Holanda, Luxemburgo e Estados Unidos, de entre eles o grande Norberto Tavares.
Em 2007, aventurou-se com o seu segundo álbum a solo “Minatureza e Fé”, com onze faixas e, em 2017, lançou o single “Summertime” e o bônus track “Harmonia d’ Família”. Estes fórum o prelúdio do seu terceiro álbum, dado a estampa em 2018, intitulado “Sucrinha”. “Este álbum é uma compilação de 50 músicas de cerca de 38 minutos. Os arranjos são da minha autoria, mas conta com participação do mestre Djoy Delgado e mixagem de Danilo Tavares”, concluiu.
