O Governo, através dos ministros Abraão Vicente, Fernando Elisio Freire e Edna Oliveira, apresenta na tarde desta segunda-feira, 26 de fevereiro, ao Sindicato de Metalomecânica Transportes, Turismo e Comunicações (Simetec), aquilo que apelida de “soluções prévias” encontradas para a reforma dos marítimos em Cabo Verde. Trata-se de uma reivindicação reiterada desta classe profissional, que remonta ao ano de 1994, ou seja, completa agora 30 anos.
Em comunicado, o Ministério do Mar explica que o Simetec apresentou-lhe há algum tempo os motivos que estão na base do apelo à redução da idade de reforma dos marítimos, que se prendem com as especificidades do trabalho, o desgaste físico, as doenças precoces, de entre outros, que contribuem para uma acelerada degradação da saúde a partir dos 60 anos.
Na altura, prossegue, Abraão Vicente assegurou que levaria estas reivindicações aos colegas responsáveis pelas pastas das finanças, administração pública e segurança social, pois considerou ser “obrigação do Estado conceder uma reforma digna aos marítimos”. “Após encontro na Praia, o MM promove agora uma reunião conjunta com o sindicato para apresentação conjunta das soluções prévias encontradas”.
Participarão deste encontro os ministros Abraão Vicente, Fernando Elísio Freire, Edna Oliveira, o Secretário de Estado das Finanças, Alcindo Mota, o Diretor Nacional de Política do Mar, Anisio Évora, e o presidente do Simetec. Este último, confrontado pelo Mindelinsite, alega desconhecer o teor das soluções prévias que serão discutidas na reunião a ser realizada no final da tarde.
“Desconheço as tais soluções prévias. Recebemos um convite para participar do encontro de hoje. Há um ano o Governo ficou de analisar a questão da redução da idade de reforma dos marítimos. Mas não temos a mínima ideia do que vai ser apresentado”, declarou Tomás de Aquino, lembrando que esta é uma reivindicação que remonta ao ano de 1994, ou seja, completa agora 30 anos.
“Espero que o Governo nos apresente uma proposta que vá ao encontro das expectativas dos marítimos, que pedem a redução da idade de 65 para 60 anos, sem quaisquer penalizações. Normalmente, quando os marítimos aderem à reforma antecipada sofrem algumas penalizações, nomeadamente perda de salário. Mas vamos para este encontro com espirito aberto”, concluiu.