Um terramoto com magnitude preliminar de 7,6 na escala de Richter atingiu a região centro-norte do Japão esta segunda-feira, tsunamis foram registados na costa e o país está em alerta para novas réplicas. O primeiro-ministro japonês já pediu à população para abandonar as áreas afectadas.
De acordo com as agências de noticias, o tremor mais forte que atingiu a região foi de magnitude 7,6, segundo o serviço de meteorologia do Japão. Onda com cerca de um metro de altura foi registrada em parte da costa oeste japonesa, mas as autoridades não descartam a possibilidade de ondas bem maiores, com até cinco metros. Regiões mais afastadas ao epicentro dos tremores podem ter ondas com até três metros, o que levou Fumio Kishida a pedir aos residentes para se manterem vigilantes. ”Os residentes precisam de se manter alerta para a possibilidade de novos abalos. Peço às pessoas que estejam em áreas onde se esperam tsunamis para abandonarem a zona o mais rápido possível”, alertou.
Os moradores das cidades de Ishikawa, Nigata e Toyama foram orientados a deixarem suas casas. Hospitais locais confirmaram a entrada de feridos, mas ainda não relatos de vítimas mortais. Pelo menos seis pessoas estarão presas sob escombros de casas que ruíram com o sismo. Há noticia também de que pelo menos 36 mil casas ficaram sem eletricidades em Ishikawa e Toyama.
O epicentro do terremoto de magnitude 7,6 foi na península de Noto, às 16h10 no horário local. É o o maior registrado para essa península desde 1885. Há relatos de estragos nas ruas e de danos a edifícios nas cidades atingidas. Segundo o governo, não foram detectadas irregularidades nas usinas nucleares.
A agência americana Centro de Alerta de Tsunamis do Pacífico divulgou comunicado em que diz ter “passado em grande medida” a possibilidade de um forte tsunami atingir o Japão. O país asiático não emitia alerta para risco de tsunami no país desde março de 2011. Naquele ano, cerca de 20 mil vítimas foram afetadas e a usina nuclear de Fukushima foi atingida.