A Associação Regional de Andebol de São Vicente recebeu 193.571 escudos da federação cabo-verdiana da modalidade (FCA) referente a financiamentos atrasados da época passada, para um total de sete equipas inscritas. A este montante junta-se ainda os 100 mil escudos para cobrir as despesas do início da época desportiva 2023/24, que deverá contar com três torneios – beneficente em dezembro, Taça de São Vicente e Torneio de Abertura, em janeiro – e campeonato regional.
Esta informação foi confirmada ao Mindelinsite pela presidente da Associação Regional de Andebol de S. Vicente, Osvaldina “Dina” Silva, que esclareceu que estes montantes estão relacionados com o número de atletas inscritos, o que faz, por exemplo, as regiões desportivas de Santiago Sul, Santiago Norte e Sal receberem mais verbas do que São Vicente. “A ilha do Sal tinha oito equipas inscritas na época 2022/23 totalizando 152 atletas. Por isso recebeu mais verbas da FCA. Igualmente, as regiões de Santiago Sul com 11 equipas (213 atletas) e Santiago Norte com 12 (223 atletas)”, disse.
Para a época 2023/24, afirmou, o arranque dos trabalhos foi antecedido de uma assembleia-geral onde se discutiu os constrangimentos enfrentados. Decidiram, por outro lado, confrontar a FCA com a não distribuição das verbas referentes a época desportiva passada, o que acabou por agravar ainda mais os seus problemas. “Entendemos que não podemos enfrentar os mesmos constrangimentos este ano. Não podemos receber a verba para realizar uma época desportiva no ano seguinte. Acabamos de iniciar uma nova temporada desportiva e só agora estamos a receber os montantes da época passada. “
Foi neste contexto que a FCA decidiu pela atribuição dos 100 mil escudos para o início dos trabalhos. “Todas as regiões desportivas receberam o mesmo montante, 100 mil. Entretanto, dependente do número de atletas inscritos, as regiões desportivas irão ter mais verbas, em tranches”, acrescentou Dina Silva, que se mostra confiante no cumprimento dos regulamentos por parte das associações e da própria federação, o que, diz, não aconteceu na época passada.
“Infelizmente, ficamos de fora do nacional de andebol porque ainda estávamos a disputar o campeonato regional, respeitando estritamente o regulamento. Já a FCA não cumpriu a sua parte porque permitiu que as equipas que não respeitaram o número de jogos mínimos estipulados estivessem no nacional, 12 no total. No nosso caso, ainda não tínhamos cumprido todo o calendário, então ficamos de fora”, pontua, reconhecendo que, com isso, São Vicente acabou por ser penalizada.
Para 2023/24, as expectativas são elevadas, até porque arrancaram mais cedo e todo o trabalho foi antecedido por este encontro, que marcou a abertura da época. Para além do torneio Handball Power, que deu o pontapé de saída, a ARASV pretende realizar, em dezembro, um torneio beneficente. Para janeiro tem calendarizado a Taça de São Vicente e o Torneio de Abertura, seguindo-se então o campeonato regional.
De referir que, conforme uma nota divulgada pela Federação Cabo-verdiana de Futebol na sua página no Facebook, no âmbito do contrato-programa com o Instituto de Desporto e da Juventude (IDJ) para a época 2022/23, distribuiu 2.800 contos para oito associações regionais da modalidade. Um investimento que, diz, fortalece o compromisso da FCA com o desenvolvimento do andebol, promovendo o crescimento e a excelência desportiva em todo o país. Esta informa ainda que atribuiu mais 100 mil escudos às oito associações regionais da modalidade para as despesas de funcionamento.