Todos os produtos petrolíferos comercializados em Cabo Verde registaram aumentos de preços desde às zero horas de hoje, que oscilam entre os 3,16% e os 7,26%. Mas foi o gás butano que teve a maior subida, com a garrafa de 3 kg a ser vendida por 429 escudos, uma diferença de 10,20 escudos quilo, em relação ao preço praticado em setembro.
De acordo com a Agência Reguladora Multissetorial da Economia (ARME), os combustíveis sofreram um acréscimo médio na ordem de 5,82 por cento. Assim, de acordo com a nota tabela, o gasóleo normal está a ser vendido a 146,30 ESC/L; a gasolina a 160,00 ESC/L; o petróleo a 160,50 ESC/L; o gasóleo para eletricidade a 132,60 ESC/L; o gasóleo marinha a114,80 ESC/L. O Fuel 380, aumentou para 95,80ESC/kg e o Fuel 180 está a ser vendido a 100,20 ESC/kg.
Quanto ao gás butano, as garrafas de 3kg custam 429 escudos; as de 6 kg 904 escudos; as de 12,5 kg estão a ser vendidas por 1.883,00 ESC e as de 55 kg, a 8.285,00 ESC. “No mercado interno, os preços do Butano, da Gasolina, do Petróleo, do Gasóleo Normal, do Gasóleo Eletricidade, do Gasóleo Marinha, do Fuelóleo 180 e do Fuelóleo 380 aumentaram em 7,26%, 3,16%, 5,38%, 6,09%, 6,85%, 6,89%, 4,81% e 4,47%, respetivamente, o que corresponde a um acréscimo médio dos preços dos combustíveis de 5,82 por cento”, diz a ARME.
A Agência Reguladora Multisectorial da Economia, que cita os dados publicados no Platts European Marketscan e LPGasWire, explica que os preços médios dos combustíveis nos mercados internacionais, cotados em dólares por toneladas métricas (USD/MT), comercializados em Cabo Verde, tiveram acréscimos durante o mês de setembro de 5,52% (836,62 USD/MT), relativamente a agosto (792,82 USD/MT). Assim, as cotações do Butano, Gasolina, Jet A1, Gasóleo ULSD 1 e Fuelóleo 0,5% aumentaram em 13,17%, 1,91%, 5,46%, 6,35% e 2,93%, respetivamente.
Os principais motivos desta subida de preços do petróleo no mês de setembro, afirma, foram os cortes de produção de petróleo pela Arábia Saudita e a Rússia, extensível até final do corrente ano, gerando um défice na oferta global de 1,3 milhões de barris por dia no último trimestre. Também os baixos níveis de produção de petróleo de xisto nos Estados Unidos da América, podendo cair para 9,393 milhões de barris por dia em outubro, o nível mais baixo desde maio de 2023 e o aumento da demanda global de petróleo devido à procura robusta por esta matéria-prima no continente asiático.
Entretanto, esta subida foi atenuada, sobretudo, pelos receios de possíveis aumentos das taxas de juro de referência, por parte dos Bancos Centrais, para combater a inflação, potenciada pelos elevados preços de energia.
Os novos preços máximos devem vigor entre 01 e 31 de outubro.