Os nadadores-salvadores em São Vicente suspenderam o pré-aviso de greve, depois de terem chegado a um princípio de acordo com a Câmara Municipal, anunciou o representante do SIACSA. A paralisação, explicou Heidi Ganeto, estava marcada para ontem (sexta-feira), sábado e domingo, mas houve cedência por parte da edilidade.
“Os nadadores-salvadores estão a reivindicar o pagamento de subsídios de risco e de turno, e aumento salarial. Vão reunir-se com o Instituto Marítimo e Portuário na próxima terça-feira. Isto porque, entende a CMSV, o IMP também tem alguma responsabilidade perante esta classe profissional. Após este encontro, iremos continuar as negociações”, explicou este dirigente sindical.
Do principio de acordo acertado com a Câmara de São Vicente, conseguido durante o encontro de conciliação na Direção-Geral do Trabalho, ficou assente que não faz sentido a manutenção do subsídio de turno porque os nadadores-salvadores não vão mais trabalhar por turnos.
“Houve um compromisso de atribuição de uma refeição por dia, que antes não tinham. Também foi acordado erguer uma torre com melhor qualidade na Lajinha para facilitar o seu trabalho. Vai ser ainda colocado um contentor onde poderão guardar os seus materiais e terão um espaço para fazer a sua refeição. A torre de vigilância ficará em cima deste”, sublinhou.
Quanto ao aumento salarial, com a repartição das responsabilidades com o IMP, estes profissionais poderão ter uma atualização salarial, que poderá chegar aos dez mil escudos. “Entre 2024 e 2025, os nadadores-salvadores podem vir a ter uma atualização da sua remuneração superior a 10 mil escudos”.
Relativamente aos equipamentos em falta, diz, a autarquia está no mercado à procura de materiais que vão ao encontro das necessidades. Certo é que, perante esta cedência da CMSV, os nadadores-salvadores entenderam suspender a greve, que tinha sido anunciada no dia 19 de setembro.