Um bebé recém-nascido morreu num barco que transportava migrantes para a ilha de Lampedusa, ilha italiana situada no Mar Mediterrâneo, em meio a uma onda de chegadas de migrantes. O bebé viajava em um barco clandestino com sua mãe e outros 45 passageiros quando a embarcação virou, pouco antes da chegada de um barco de socorro da Guarda Costeira italiana.
Todos os migrantes foram resgatados com visa, excepto o bebé cujo corpo foi levado para a câmara mortuária do cemitério de Lampedusa. Já a mãe foi encaminhada para o centro de acolhimento da ilha, que sofre com a superlotação devido à chegada em massa de deslocados.
O promotor Giovanni Di Leo informou que 112 embarcações chegaram na terça-feira, transportando mais de 5.000 imigrantes, superando em muito o recorde anterior de 63 barcos registrados em um dia no mês passado. Entretanto, os desembarques de imigrantes continuaram, com cerca de 1.300 novas pessoas na manhã desta quarta-feira. Neste momento, cerca de sete mil deslocados estão na ilha, a maior parte deles no centro de acolhimento, que tem capacidade para apenas 350 pessoas.
A administração de Agrigento determinou a transferencia de 880 migrantes na manhã de quarta-feira para aliviar a situação em Lampedusa, que fica a menos de 100 quilômetros da Tunisia. “Há alguns dias, e sobretudo nas últimas horas, Lampedusa está vivendo uma emergencia humanitária com poucos precedentes”, disse o ex-prefeito Totó Martello.
Segundo o Ministério do Interior, a Itália recebeu 124 mil migrantes via Mediterrâneo desde o inicio deste ano, quase o dobro do número registado no mesmo período de 2022.
C/Agências