As autoridades italianas emitiram um alerta de saúde “extremo” em 16 cidades, incluindo Roma e Florença, perante vaga de calor que está a assolar a Europa e ameaça bater recordes de temperatura. Também se registam ondas de calor em partes dos EUA, China, África e Japão.
Os meteorologistas da Agência Espacial Europeia (AES) prevêem que os termómetros possam atingir os 48.º nas ilhas da Sicília e Sardenha, o que, a verificar-se, serão “as temperaturas mais altas de sempre na Europa”. Já na capital, Roma, as temperaturas deverão chegar aos 44.º Celsius.
As autoridades italianas emitiram o segundo aviso de calor mais elevado para outras nove cidades. O Ministério da Saúde aconselha a população a manter-se hidratada, a fazer refeições mais leves e a evitar a luz solar direta entre as 11 e as 18 horas e a ter cuidado especial com os idosos ou vulneráveis.
Segundo os meteorologistas, o calor tórrido retornou à maioria das cidades italianas graças a passagem de um anticiclone subtropical. Mas várias regiões da Grécia, França e Espanha também estão a ser atingidas por temperaturas extremas, com relatos de turistas desmaiados na Grécia e na Itália, e a morte de um trabalhador ao ar livre perto de Milão.
Nos últimos dias, as temperaturas na Grécia superaram os 40.º. A Acrópole de Atenas – atração turística mais popular do país – foi encerrada sábado pelo segundo dia consecutivo durante as horas de maior calor para proteger os visitantes.
Em Espanha, um incêndio florestal na ilha de La Palma, obrigou à retirada de pelo menos duas mil pessoas, informou a agência de notícias Reuters. O incêndio começou na madrugada de sábado em El Pinar de Puntagorda, destruindo 12 casas, disse Fernando Clavijo, presidente das Ilhas Canárias.
Esta onda de calor, batizada de Cerberus em alusão ao monstro de três cabeças que aparece no “Inferno” de Dante, aumentou os receios quanto à saúde das pessoas, especialmente porque coincide com um dos períodos mais movimentados da época turística de verão na Europa.