O Procurador-geral da República anunciou, na cidade da Praia, que foi aberto um processo-crime referente a seis recém-nascidos que faleceram inesperadamente no espaço de duas semanas no Hospital Baptista de Sousa. Também a Associação para Defesa dos Consumidores (Adeco) afirma que recebeu uma reclamação de algumas mães, que foi entregue ao HBS.
“Há já um processo aberto em São Vicente porque as pessoas apresentaram queixa, há uma denúncia pública e esperamos que o relatório deste caso conste no processo”, informou Luís José Landim aos jornalistas à margem da formação de magistrados sobre investigação de cibercrimes e provas digitais.
Este esclareceu que ainda não foi apresentado o relatório deste caso, uma vez que, conforme apontou, o que foi divulgado foi um comunicado. “Há um relatório, só que o que foi apresentado na comunicação social foi apenas um comunicado, que é mais um resumo”, acrescentou o PGR.
Surpreendidas, algumas das mães abordadas por Mindelinsite confirmam que procuraram a Adeco para apresentar uma reclamação, mas desconhecem se a mesma foi encaminhada para as instâncias judiciais. “Tivemos um encontro, apresentamos as nossas reclamações e ficaram de nos contactar posteriormente para nos informar dos demarches, o que ainda não aconteceu”, referem.
Informação comprovada junto da Associação para a Defesa dos Consumidores que, através da sua coordenadora, explicou que, de facto, foram abordados por três mães dos recém-nascidos entretanto falecidos e que entregaram, na segunda-feira 19, uma reclamação ao HBS.
O caso foi tornado publico através de uma reportagem do Mindelinsite, que denunciou a morte dos recém-nascidos nas duas primeiras semanas de maio nesta unidade hospitalar. Na sequência, o Ministério da Saúde anunciou a abertura de um inquérito, que apontou que os bebês morreram por causa de uma infecção generalizada, denominada “sepses neonatal tardia”.
As mães rejeitaram liminarmente os resultados do inquérito.
