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Mãe de aluna desafia direção do LLL a cobrar pontualidade aos professores

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Ricardina Nunes, mãe de uma aluna do Liceu Ludgero Lima em São Vicente, desafia a direcção deste estabelecimento de ensino a cobrar pontualidade também aos professores. Explica que qualquer aluno que chegar depois do sino de tolerância é barrado à entrada da escola, enquanto que os docentes têm as portas abertas. O director, Isidoro Costa, explica que a regra de pontualidade adoptada pelo liceu é geral, mas admite que é difícil obrigar os professores a cumprir o horário. 

Ao Mindelinsite, esta mãe revela que, por diversas vezes, ao levar a filha para a escola, esta foi impedida de entrar pelos funcionários , devido ao adiantar da hora. A semelhança da filha, prossegue, outros alunos também ficam na rua por estarem atrasados. “É uma regra da escola e temos de acatar. Mas, é inadmissível os alunos serem travados por um ou dois minutos, enquanto os professores chegam, atrasados, e entram sem qualquer problema”, desabafa Ricardina Nunes, que diz residir no Alto de Fortim, uma zona onde não existe transportes públicos, o que contribui para o atraso da filha. 

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Não estou estou a justificar a minha filha, que depende de mim para chegar em tempo útil nas aulas. Trabalho e tenho de encontrar alguma folga para o poder deixar na escola, mas as vezes ocorrem imprevistos e não consigo cumprir esta regra de pontualidade. O problema é que deviam exigir que todos respeitassem esta determinação da escola, inclusive os docentes”, pontua, desafiando a direcção a criar mecanismo para também obrigar os professores a estarem na escola na hora marcada. 

Confrontado, o director do LLL explica que as regras, que incluem a pontualidade e o uso de uniformes, foram divulgadas na semana cívica, que acontece no inicio do ano lectivo. Foi ainda estabelecido um longo período de carência para permitir aos alunos adquirirem os uniformes, tendo em conta a realidade de Cabo Verde. “No dia 8 de outubro, fizemos uma reunião alargada com os pais e encarregados de educação e, mais tarde, estes foram remetidos para os directores de turma, para explicar as medidas. Nesta reunião foi afixada uma data a partir do qual a porta do Liceu passaria a ser fechada.”

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Isidoro Costa garante que, ainda nesta fase, foi permitida a entrada dos alunos que chegavam depois da tolerância, mas que estavam na área da entrada do liceu. “No dia 28 de janeiro, repetimos a reunião com os pais e encarregados de educação dos alunos do primeiro e segundo ciclo, ou seja do 7 ao 11 ano, a primeira parte com a direcção da escola e, a segunda, com os directores de turma. Mesmo assim, continua a não cumprir”, refere este responsável, lembrando que a função da escola é educar. 

Relativamente a pontualidade dos docentes, o director do LLL afirma que o pressuposto de base é que estes sejam o exemplo para os seus alunos. “Quanto esta mãe diz, eventualmente com alguma razão, que alguns professores chegam atrasados e mesmo assim é-lhes permitido a entrada, acho que ficam mal vistos, tendo em conta que a regra é geral. Tive o cuidado de pedir ao continuo para não disponibilizar as chaves aos docentes que cheguem fora de horas. Esta questão nos tem causado algum constrangimento porque estou director, mas sou professor. A lei é para todos.”

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Aliás, conclui, esta é uma regra que visa proteger a própria escola, tendo em conta a existência de equipamentos electrónicos como Data Show Portátil nas salas de aulas. Assim, os docentes devem receber as chaves antes das aulas e fazer a sua entrega no final. Mas nem todos cumprem

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Constanca Pina

Formada em jornalismo pela Universidade Federal Fluminense (UFF-RJ). Trabalhou como jornalista no semanário A Semana de 1997 a 2016. Sócia-fundadora do Mindel Insite, desempenha as funções de Chefe de Redação e jornalista/repórter. Paralelamente, leccionou na Universidade Lusófona de Cabo Verde de 2013 a 2020, disciplinas de Jornalismo Económico, Jornalismo Investigativo e Redação Jornalística. Atualmente lecciona a disciplina de Jornalismo Comparado na Universidade de Cabo Verde (Uni-CV).

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