O presidente da Câmara Municipal de São Vicente confirmou ontem, a margem da sessão solene dos 144 anos da cidade do Mindelo, a assinatura a qualquer momento, especificamente ainda no decorrer de abril ,de um memorando de entendimento com a UCID para estabelecer a paz e harmonizar o ambiente na edilidade, neste final de mandato. Augusto Neves justificou a opção pelos democratas-cristãos com a aproximação ideológica e convergência de planos entre os dois partidos.
De acordo com o edil, a CMSV tem sido gerida nas maiorias relativas com a UCID e vão agora retomar esta parceria. “Esta é a terceira vez que temos maiorias relativas em São Vicente. Tivemos apenas uma maioria absoluta e a CMSV sempre funcionou da melhor forma. Acho que podemos continuar a funcionar para que podermos prosseguir com o desenvolvimento da ilha. Ainda há tempo para fazermos muita coisa. Há projectos estruturantes, que aliás são propostas da UCID, como a asfaltagem da rotunda da Ribeira de Julião, passando por Chã de Marinha até Ribeira de Craquinha”, exemplifica.
Augusto Neves destacou ainda a necessidade de adquirir equipamentos para o ambiente e para os bombeiros que, afirma, deixam muita falta em São Vicente. Apontou, por outro lado, alguns obras importante e que estão paradas. “Quando há financiamento bancários avançamos rapidamente. Mas, infelizmente, temos estado a trabalhar, com muita dificuldade, apenas com a tesouraria da CMSV. Por outro lado, durante a Covid-19, a nossa prioridade foi pagar os vencimentos e fazer o básico.”
Agora com a visita do homólogo da Câmara de Oeiras, A. Neves acredita que, pelo menos o projecto do Polidesportivo da Zona Sul, que já está em fase de acabamento, vai ser concluído. “Já estamos na fase final dos trabalhos, faltando apenas a cobertura cujo concurso já foi lançado. Vamos visitar a obra na manhã de sábado. Foi Isaltino Morais que lançou a primeira pedra, houve uma paragem, mas com o seu regresso ao poder retomamos o projecto, que está agora prestes a concluir”, pontua.
Trata-se de uma infraestrutura que, afirma, tem três pisos na parte de frente e dois nas traseiras. Os balneários já estão concluídos, as bancadas foram adquiridas há muito tempo e estão guardadas. Apenas o piso não foi afixado porque o teto tem de ser colocado primeiro. “Acredito que nos próximos meses a obra estará concluída. Vai resolver um grande problema a nível dos desportos de salão em São Vicente porque terá um piso moderno e também tem condições de alojar as equipas que vem de fora. É um projecto da CMSV, mas que teve anuência e foi abraçado por Isaltino Morais”, acrescenta.
De referir que, a par do Polidesportivo de Oeiras Sul, o impasse na CMCV também repercutiu em outros projectos, caso pro exemplo do Miradouro do Monte Gudo, projecto que, segundo A. Neves, demandou a construção de muitos muros e consumiu muito dinheiro, mas está parado. Mesmo destino teve a obra do edifício da antiga Conservatória, que vai ser a nova sede da Assembleia Municipal. Mas o autarca acredita que todas as obras podem ser retomadas a qualquer momento, a partir de agora.
