Os dados provisórios do Comércio Externo mostram um acréscimo das exportações na ordem de 280,9% em janeiro, em relação ao período homólogo de 2022. As importações aumentaram 57,5%, enquanto as reexportações cresceram 36,7%. O deficit da balança comercial aumentou 52,2% e a taxa de cobertura cresceu 3,3 pontos percentuais.
Segundo informações do Instituto Nacional de Estatística, em janeiro de 2023 as exportações de Cabo Verde totalizaram 464 mil contos, correspondendo a um aumento de 342 mil contos (280,9%), face ao mês homólogo. Refere ainda que Europa continua sendo o principal cliente do arquipélago absorvendo cerca de 94,7% do total das exportações.
“A Espanha lidera o ranking dos principais clientes de Cabo Verde na zona económica europeia, representando 78,0% no mês de janeiro de 2023, aumentando 37,6 p.p. face ao mês homólogo de 2022. Portugal ocupa o segundo lugar na estrutura das exportações com 10,6%, diminuindo 38,1 p.p. Itália está no terceiro posto com (5,8%) e os Estados Unidos em quarta posição, com 4,8%”, reforça.
Neste período, prossegue o INE, os produtos mais exportados pelo arquipélago foram os preparados e conservas de peixe, que lideram o ranking, com 85,2% (+47,7 p.p.). Os vestuários ocupam o segundo lugar com 6,7% (-16,2 p.p.), e os calçados a terceira posição com, 3,9%, (-12,3 p.p.) em relação ao registado no mesmo mês do ano anterior.
A nível das importações, o continente europeu é também o principal fornecedor do país, com um peso de 74,5% do montante total (contra 69,9% no mês de janeiro de 2022), seguido da Ásia/Oceânia (15,1%), da América (5,8%), da África (2,4%) e do Resto do Mundo (2,2%).
Portugal é o maior fornecedor de Cabo Verde com 40,4% do total das importações. Ainda assim, pontua, registou uma diminuição de 1,5 pontos percentuais em relação ao mesmo mês do ano anterior. Segue a Espanha com 19,5%, Taiwan com 4,4%, China com 4,3% e Brasil com 4,1% do total das importações. “Os dez principais produtos importados atingiram 55,4% do montante total das importações de Cabo Verde (contra os 48,9% alcançados no mês homólogo). Os produtos mais importados foram os combustíveis 10,7% (- 6,9 p.p.), reatores e caldeiras (8,1%), máquinas e motores (5,8%), leites e laticínios (5,0%) e arroz (4,8%).”
O INE revela ainda que as importações por grandes categorias de bens, mostram que, em janeiro, com exceção dos combustíveis, todas as categorias de grupo evoluíram positivamente em relação ao mesmo mês de 2022: os bens de consumo (77,0%), os bens intermédios (56,3%) e os bens de capital (96,1%). Os combustíveis evoluíram negativamente (4,4%). Diz ainda que os Bens de Consumo continuam sendo a principal categoria económica de bens importados, com um peso de (47,6%), seguido dos Bens Intermédios (32,0%), Combustíveis (10,7%) e Bens de Capital com (9,7%) do total das importações, face ao mês de janeiro de 2022.
