O Clube Desportivo da Palmeira venceu o Botafogo por 1×0 e vai disputar uma final inédita do campeonato com a Micá na Boa Vista. Foi um jogo muito táctico e equilibrado com nenhum das duas equipas a querer arriscar, muito por causa do empate da primeira-mão das meias-finais disputado na semana passada na ilha do Fogo, com um ligeiro domínio da Palmeira, que conquistou uma vitória difícil frente ao Botafogo, equipa que “caí de pé” nesta prova rainha do futebol em Cabo Verde.
Hendrik assina o único golo da partida, apontado aos 74 minutos de jogo, na única falha cometida pelo guarda-redes Jorge do Botafogo. Aliás, este foi um jogo em que os guarda-redes brilharam. Com este golo, Palmeira manteve a “tradição” de marcar em todos os jogos em casa. No final da partida, os atletas de ambas as equipas, mas sobretudo da Palmeira que protagonização um grande jogo de futebol, foram ovacionados pelo público que lotou o Estádio Marcelo Leitão na ilha do Sal.
O treinador do Clube da Palmeira, Dichinha, no final da partida, afirmou à RCV, que é uma alegria enorme estar na final do campeonato nacional de futebol e agradeceu a população do Sal, principalmente a enorme moldura humana que se deslocou ao estádio para apoiar a equipa. “Era um missão que tínhamos e conseguimos. Desde o início da época que estamos a trabalhar para isso e os nossos jogadores, por tudo o que fizeram, mereciam estar nesta final”, declarou.
Sobre o jogo, Dichinha afirmou que o Palmeira sabia que não seria fácil porque o adversário era difícil. “A equipa do Botafogo tem bons jogadores, bem orientados por Danilo Diniz. Tínhamos de ter paciência, sobretudo quando a bola estava na nossa posse para depois tentar marcar, mas sempre com a preocupação de não sofrer nenhum golo porque o resultado da primeira mão era era traiçoeiro”.
Quanto ao jogo da final com a Mica, o treinador reconheceu que se trata de uma boa equipa, com bons jogadores e bom treinador. Mas, como disse Dicha, é 50-50 e vão à procura do sonho.
Do lado do treinador do Botafogo, Danilo Diniz parabenizou a equipa vencedora pela passagem à final. Garantiu que o Botafogo trabalhou muito e foi um jogo bem conseguido por parte ambas as equipas. Aliás, do seu ponto de vista, qualquer uma que vencesse seria justo. “Tivemos um início de jogo um pouco recuado, enquanto estudávamos a equipa da Palmeira. Mas, a partir dos 25 mn, tivemos três ou quatro oportunidades, que não soubemos aproveitar. Na segunda parte sofremos um golo contra a corrente do jogo devido um erro da nossa equipa”, lamentou.
Entretanto, o treinador criticou a arbitragem por causa de um lance em que um jogador cortou uma bola com mão em que, do seu ponto de vista, faltou coragem ao árbitro para marcar uma grande penalidade contra a Palmeira. “O árbitro entendeu não foi penalty. Faltou coragem para castigar o Clube da Palmeira. Assim é difícil“, lamentou Danilo, que prometeu continuar a trabalhar, até porque foi a primeira derrota da sua equipa fora de casa e, muito em breve, vão disputar a Taça de Cabo Verde.