O artista e activista social Ga Dalomba e o cantor Djodje realizam na tarde deste domingo uma sensibilização com jovens e adolescentes no Polivalente da Ribeira Bote sobre consumo do álcool e de outras drogas, moderado pelo Instituto do Desporto e da Juventude (IDJ). Segue-se a apresentação de um vídeo e uma pequena actuação.
Ao Mindelinsite, Ga Dalomba explicou que a conversa será com todos os jovens e adolescentes interessados, não apenas com os da Ribeira Bote. “Estamos a convidar jovens de toda a ilha para esta conversa, não apenas da Ribeira Bote. Queríamos fazer esta sensibilização em todas as comunidades periféricas do Mindelo. Escolhemos Ribeira Bote por sua história como zona libertada, mas também porque sabemos que as dificuldades ali são muito reais”, explicou este artista e activista.
Este prossegue dizendo que tanto ele como Djodje irão incidir sobre a prevenção do consumo do álcool e também de outras drogas e tentar sensibilizar o máximo possível os adolescentes e jovens para viverem uma vida saudável. Com o mesmo propósito, vão estar na manhã de segunda-feira na Escola Secundária José Augusto Pinto. “Entramos em contacto com as diversas escolas secundárias da ilha e acabamos por escolher José Augusto Pinto, mas poderia ser Ludgero Lima ou outra.”
Esta actividade com estes dois artistas terá a duração de cerca de duas horas. Ga Dalomba, que tem vindo a fazer estas acções um pouco por todo o país, admite que agora está a tentar trazer outros colegas para poder alcançar cada vez mais jovens. “Djodje foi um dos primeiros artistas a abraçar esta ideia de levarmos a mensagem juntos. Mas esperamos muitos outros porque acredito que temos conseguido chegar aos jovens. Por isso entendo que é necessário continuar porque precisamos.”
Este é um projecto para continuar, até porque, diz, enquanto houver oferta haverá procura. Ga Dalomba promete contar a sua história de vida, mais precisamente as perdas com o consumo versus ganhos de recuperação, para mostrar que não vale a pena “viver na recuperação ad eterno”. E o artista fala com propriedade porque, conforme diz, tem 15 anos de consumo e oito de luta pela recuperação.
