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Economia

Exportações de Cabo Verde registam quebra superior a 57%

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As exportações de Cabo Verde registaram um decréscimo na ordem dos 57,8% em janeiro último, comparativamente com o mesmo período do ano passado. São dados provisórios do Comércio Externo que revelam ainda que as importações diminuíram 0,2% e as reexportações aumentaram 71,0%. No período em analise, o deficit da balança comercial aumentou 3,2% e a taxa de cobertura decresceu 3,2 pontos percentuais.

De acordo com o Instituto Nacional de Estatística, as exportações de Cabo Verde totalizaram em janeiro 122 mil contos, uma redução de 167 mil contos face ao período homologo. “A Europa continua sendo o principal cliente do país, absorvendo 92,8% do total das exportações cabo-verdiana”, lê-se no comunicado da INE.

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Este diz ainda que Portugal continua a ser o principal cliente do arquipélago na zona econômica europeia, representando 48,7% no mês em referência e com um aumento de 32,2 pontos percentuais face ao período homologo do ano passado. A Espanha ocupa o segundo lugar com 40,4%, seguido por Estado Unidos aparece com 6,5% e os Países Baixos com 3,8%. “Os produtos mais exportados foram os preparados e conservas de peixes (37,5%), os vestuários (22,9%) e os calcados (16,2%).”

A Europa continua a ser o principal fornecedor de Cabo Verde, respondendo por 69,9% das importações, contra 67,9 do mesmo período de 2021, seguir por América (14,2%), Ásia/Oceania (10,4%), África (2,9%) e resto do mundo (2,6%). Portugal lidera entre os fornecedores com 41,9% do total do total das importações, seguido por Espanha (8,9%), Argentina (6,9%), Itália (6,5%) e Países Baixos (4,8%).

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Os dez principais produtos importados, segundo o INE, atingiram 56,2% do montante total, contra 49,6% no período homologo e foram, basicamente, combustíveis (17,6%), reatores e caldeira (6,3%), veículos automóveis (5,1%), maquinas e motores (4,9%) e cimentos (4,8%). 

Por grande categorias, a importação dos bens intermédios (9,9%) e dos combustíveis (68,4%) evoluiu positivamente, enquanto que os bens de consumo (14,2%) e bens de capital (29,3%), evoluíram negativamente. Em relação ao peso das grandes categorias, os Bens de consumo diminuíram 6,9 p.p. (49,2% para 42,3%), entre os dois meses analisados, mas continua a ser a principal categoria de bens importados por Cabo Verde. Seguem-se os Bens Intermédios (32,2%), os Combustíveis (17,6%) e Bens de Capital com (7,8%) registados em janeiro de 2022.

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Constanca Pina

Formada em jornalismo pela Universidade Federal Fluminense (UFF-RJ). Trabalhou como jornalista no semanário A Semana de 1997 a 2016. Sócia-fundadora do Mindel Insite, desempenha as funções de Chefe de Redação e jornalista/repórter. Paralelamente, leccionou na Universidade Lusófona de Cabo Verde de 2013 a 2020, disciplinas de Jornalismo Económico, Jornalismo Investigativo e Redação Jornalística. Atualmente lecciona a disciplina de Jornalismo Comparado na Universidade de Cabo Verde (Uni-CV).

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