O Ministério da Educação espera resolver todas as pendências dos professores, que já justificaram muitas greves em Cabo Verde, até o ano de 2023. Amadeu Cruz fixou esta meta ontem num encontro com o Sindicato Nacional dos Professores, realizado a pedido do Sindep, que teve como tema central a resolução das pendências.
Segundo o governante, este é um compromisso assumido com três sindicatos que representam a classe docente no país. “O Governo está empenhado na criação de condições para resolver as pendências dos professores até 2023, cumprindo o compromisso assumido com os sindicatos que representam a classe docente”, reagiu à margem do encontro com o Sindep.
Cruz afirmou ainda que o executivo está a fazer o máximo para mobilizar meios orçamentais para esse efeito. Ainda este ano, prosseguiu, o Governo pretende publicar actos administrativos, designadamente reclassificações referentes ao ano de 2016 e nomeações no quadro definitivo do ME. “No decurso deste ano orçamental tencionamos publicar alguns atos administrativos, designadamente reclassificações referentes a 2016 e corrigir distorções nas carreiras dos professores”, avançou.
Este alertou, no entanto, que Cabo Verde vive uma situação difícil em termos orçamentais e de finanças públicas, pois o país perdeu receitas fiscais na ordem de 60 milhões de contos nestes últimos três exercícios orçamentais, ajuntando ao incremento de gastos, nomeadamente com o serviço da dívida pública, o que “cria uma pressão orçamental muito grande ao Governo”.
Neste contexto, pontua Amadeu Cruz, é preciso fazer contenção, mas, mesmo assim, o Ministério da Educação está a fazer de tudo para honrar os compromissos com os sindicatos.
