O Primeiro-ministro Ulisses Correia e Silva destacou na noite de ontem as similaridades de visão entre o Governo de Cabo Verde e do empresário do ADS Group Samba Bathily ao presidir a inauguração do Mansa Floating Music Mindelo. Uma visão que, afirmou o Chefe do Governo, passa pela promoção de Cabo Verde como plataforma e porta de entrada para a África, a Europa e as Américas.
“Esta inauguração representa uma ideia, um conceito e um conteúdo que faz com que tenhamos uma visão partilhada. Esta é a visão de Cabo Verde que queremos promover, como plataforma e porta de entrada da África e de todos os continentes”, frisou Correia e Silva, para quem o Mansa Floating Hub é a síntese daquilo que o país deve ser no mundo.
“E é a mesma coisa na cultura, nas tecnologias e no turismo. É nossa função sermos um país plataforma. Em segundo lugar por ser no Mindelo, cidade com história e que nasceu também com uma função de integração. Séculos atrás eram os navios carvoeiros que circulavam entre os continentes. Hoje temos de ter caminhos de circulação da cultura, da tecnologia, da ciência e da inovação para podermos crescer”, pontuou, realçando que o objectivo não é repetir a história, mas criar novas narrativas que façam com que se possa criar mais economia, desenvolvimento e emprego.
Neste contexto, o Primeiro Ministro deixou claro que o Mansa Floating Hub é um importante investimento para a ilha e Cabo Verde, e coloca São Vicente como uma referência mundial na arquitetura inovadora. “É um investimento estratégico porque se enquadra na ambição de posicionar Cabo Verde como um hub de arte, cultura e inovação. É uma oportunidade para o continente africano e o resto do mundo conhecerem mais e melhor os nossos músicos e produtores musicais, artistas e produtores de outras manifestações como o Carnaval, a dança e o teatro.”
Em jeito de remate, UCS disse ainda que o Mansa é ainda uma oportunidade para a Morna, património mundial da humanidade se internacional. Mas ao mesmo tempo, é uma oportunidade para Cabo Verde se enriquecer com o que de melhor se produz em África nas artes, na cultura e na inovação. Com base nesta premissa, foram vários os artistas de renome do continente africano que subiram ao palco na noite de ontem para performances inéditas no país.
O Mansa Floating Hub é um empreendimento singular promovido pelo empresário Samba Bathily que começou a ser construído em São Vicente em 2019, que pretende reunir na ilha artistas do país e do continente para intercambio e residência artística, criando um verdadeiro celeiro de indústrias criativas. Para além da música, o espaço vai promover também a gastronomia, fashion designers, fotografias, cinema, artes plásticas, de entre outros, num diálogo entre africanos, para africanos e daqui para fora. A coordenação, curadoria e direcção artísticas será do músico Teddy Riley.