UNTC-CS desafia Plataforma Sindical a transformar-se em uma central
A União Nacional dos Trabalhadores – Central Sindical reagiu hoje em conferência de imprensa na Praia a aquilo que considera de auto-proclamação de Eliseu Tavares como coordenador da Plataforma Sindical, que apelidou de “fantasma” e que acusa de fazer oposição a actual liderança da central. Desafiou, por outro lados, os promotores desta iniciativa a transformarem esta dita plataforma em uma central sindical.
A Secretária-Geral desta Central Sindical, que congrega o maior número de sindicatos em Cabo Verde, frisou uma vez mais que desconsidera a existência desta organização paralela no seio da UNTC-CS, com o pseudónimo de plataforma sindical. “Primeiramente, porque é anti estatutário, e depois porque, não comporta cunho legal, ou seja, não existe de facto e nem de direito”, argumentou Joaquina Almeida.
Para esta responsável sindical, a Plataforma Sindical é constituída por um grupo devidamente identificados que perdeu as eleições no Congresso, há cerca de 5 anos e, desde então, não dá sossego à liderança eleita. Grupo esse que, prossegue, tem vindo a priorizar os seus interesses pessoais em detrimento dos reais interesses dos trabalhadores, em que alguns na reforma continuam a usurpar do dinheiro do trabalhador, para além da pensão de reforma.
Cita como exemplo, mas sem citar nome, um ex-dirigente reformado São Vicente, que embolsa 45 mil escudos mensais à custa dos trabalhadores. Com a denúncia da UNTC-CS, estes reuniram-se para justificar que 25 mil escudosvai para um e 20 mil escudos para outro sindicalista. “Outro membro da pseuda-plataforma, também em São Vicente, embolsa 20 mil escudos mensais e nem se digna comparecer na sede do sindicato para ao menos ouvir os problemas dos trabalhadores. Ou seja, o grupo tem feito um autêntico ´fatiotamento` do dinheiro do trabalhador”, acusa.
Diz ainda que é falso que a dita plataforma é constituída por 12 sindicatos, realçando que a UNTC-CS tem no seu seio 23 organizações que congrega trabalhadores dos mais diversos ramos. No entanto, a ser verdade, desafia este grupo a criar coragem para constituir a sua própria central sindical.
Joaquina insta o coordenador Eliseu Tavares e o seu grupo a cumprirem com os Estatutos no que tange aos deveres dos sindicatos filiados, enviando os relatórios e contas, bem como, a pagar 10% de quotas à UNTC-CS, condição sine qua non para que sejam membros de pleno direito dos órgãos desta Central. Recomenda ainda que não façam uso do indevido do logotipo da UNTC-CS sem autorização prévia do proprietário, o que configura crime punível na lei.