O jovem-engenheiro Waldir Ganeto, natural do município do Paul em Santo Antão, morreu em S. Vicente na sequência de um violento acidente na estrada que liga Calhau a Baía das Gatas. Waldir Ganeto seguia num VW Amarok e o corpo terá permanecido algumas horas no terreno, até a chegados dos trabalhadores que fazem a manutenção da via. Foram estes que ligaram para as autoridades para relatar o acidente.
Waldir Ganeto tinha 31 anos e aparentemente estava sozinho quando ocorreu o desastre na curva depois da Praia Grande. A viatura despistou-se e logo de seguida capotou, caindo numa ravina onde antes se extraia areia. “O corpo foi encontrado a alguns metros da viatura. Tudo indica que foi arremessado”, relata uma testemunha.
Estas informações foram confirmadas pela Comandante de Trânsito de São Vicente, Firmina Melício. Sem precisar a hora do acidente, esta revela que foram accionados por trabalhadores que estão a repor a cortina desta estrada por volta das 6h30. “Conforme informações recolhidas no local, o acidente terá ocorrido por volta das 5/6 da manhã. Mas esta é uma informação que os serviços de Saúde podem fornecer com maior precisão.”
Sobre o acidente, a viatura deixou um grande rasto de travagem na estrada. “Desde o início do rasto até a queda no precipício, o carro terá percorrido 159 metros. Destes, 56,5 metros são do início da travagem até a berma da estrada e 21,7 metros com as duas rodas direitas fora de estrada. A partir dali caiu no precipício, indo embater nas pedras. De seguida a viatura ainda deu mais cambalhotas”, descreve a Comandante de Trânsito da PN.
Quanto ao corpo do jovem, foi encontrado cerca de 30 metros longe da viatura, o que indicia que possivelmente possa ter sido projectado. “Não sabemos a hora precisa do óbito porque, quando as autoridades chegaram ao local, Waldir Ganeto já estava morto”, declara, lembrando que, aparentemente, o jovem estava sozinho no carro.
“Vamos prosseguir com as investigações para tentar apurar se o jovem estava acompanhado”, acrescenta, destacando ainda o facto de Waldir ter adquirido a viatura recentemente e muito provavelmente desconhecer a sua real potência. Firmina Melício aventa ainda a possibilidade de a vítima ter pouca experiência como condutor.
