O novo presidente da direcção da Câmara do Comércio de Barlavento elegeu como prioridade da sua gestão trabalhar para ajudar a relançar a economia pós-crise pandémica provocada pela Covid-19, assente na sobrevivência das empresas, na manutenção dos postos de trabalho, na promoção do acesso ao financiamento e mais liquidez nas empresa com menos custos e menores burocracias. Jorge Pimenta Maurício prometeu ainda uma comunicação clara e efectiva, com canais eficientes e promoção de programas específicos de suporte as micro, pequenas e medias empresas, que representam actualmente cerca de 80% do tecido empresarial nacional.
O novel presidente da CCB fez estas afirmações durante o seu discurso de posse como presidente da direcção da Câmara do Comércio de Barlavento/AE, acto presidido pelo ministro da Economia Marítima, Paulo Veiga. Este deixou ainda claro que esta agremiação empresarial deve ser firme na defesa dos seus princípios e afastar-se com determinação dos interesses pessoais, manipulares e radicais. “O momento que atravessamos clama por uma liderança apaixonada, forte e que saiba ouvir, comunicar e por de lado qualquer sentido de ego, orgulho ou vaidade que obstruem qualquer tomada de decisão justa, eficiente e ética”, frisou.
Prometeu ainda fazer da CCB uma agremiação financeiramente solida, respeitada, dinâmica e inovadora a nível organizacional e das relações institucionais, nomeadamente no relacionamento com os diferentes poderes publicos. “O Governo pode continuar a contar com a CCB enquanto parceiro estratégico para implementação de uma agenda empresarial favorável ao desenvolvimento, à inovação e à produtividade sustentada, pelo que continuaremos a percorrer os caminhos para adopção de um quadro legislativo pro-empresarial, fiscalmente previsível e melhor para os empresários, focados não só na promoção de negócios, mas também na atração de investimentos, na criação de mais rendimento, mais emprego”.
Sobre a gestão da Câmara do Comércio de Barlavento/Agremiação Empresarial, garantiu que vai pautar-se por uma câmara de comércio mais inclusiva e aglutinadora que representará toda a classe empresarial da região e, em comunhão de esforços, trabalhar para a desejada melhoria do ambiente de negócios e defesa dos interesses da classe.
O presidente cessante, Belarmino Lucas, descreveu o percurso da CCB e falou da recente disputa eleitoral que, a seu ver, atesta a relevância desta instituição na actividade do sector privado desta região. Uma importância que, afirma, ficou evidente durante a pandemia, no apoio aos empresários que enfrentam dificuldades nunca vistas e na coordenação com o Governo das medidas de mitigação dos efeitos económicos provocados pela Covid-19.
Mas também na recuperação económica, visando a defesa dos interesses do sector privado. “A actuação da CCB, em articulação com as suas congéneres de Sotavento e a Câmara de Turismo, foi fundamental para que as medidas tomadas pelo Governo para ajudar os empresários a atravessar este período de profunda crise que o país e o mundo fossem no sentido mais adequado e consentâneo com as necessidades das empresas e dos empresários”.
Já o ministro da Economia Marítima, que testemunhou o acto, garantiu que o Governo vai continuar a ser parceiro das empresas cabo-verdiana. Paulo Veiga referiu, a titulo de exemplo que, no quadro do Orçamento do Estado para 2021, as linhas de financiamento covid-19 e as linhas de ecossistema vão continuar em vigor, através da bonificação ou garantias do Estado, permitindo o acesso ao financiamento mais facilitado.
“Serão ainda montadas linhas de refinanciamento para as instituições de micro-finanças e linhas de microfinanciamento”, anunciou o ministro, acrescentado ainda que o Governo está a criar uma linha de financiamento com bonificação de juros até 10% do Estado para as empresas que investirem na recuperação do negócio ou o aumento da capacidade instalada e investir na manutenção ou criação de novos empregos.
