O Movimento para Democracia venceu em 14 das 22 câmara municipais e continua a ser o maior partido autárquico do país. Mas a surpresa da noite e que era impensável para os dirigentes ventoinha foi a derrota na Câmara Municipal da Praia. Talvez por causa disso, até hoje ainda o presidente do partido, Ulisses Correia e Silva, não se pronunciou sobre o processo.
O MpD conquistou São Lourenço dos Órgãos, São Salvador do Mundo, Santa Catarina e Calheta de São Miguel. No Fogo venceu em Santa Catarina do Fogo e, na região Barlavento, manteve as câmaras municipais de Santo Antão, em São Nicolau e no Sal. Em São Vicente o MpD, apesar da vitória, terá de negociar com a UCID para ter a maioria na Assembleia Municipal.
Ontem, após serem conhecidos os resultados provisórios das autárquicas de 2020, o coordenador autárquico do partido ventoinha, António Maurício dos Santos, afirmava que o MpD vai investigar e analisar o que aconteceu e que levou a que o partido que sustenta o governo perdesse as eleições na capital. Este realçou, entretanto que “o MpD venceu em 14 das 22 câmaras e continua a ser o maior partido autárquico cabo-verdiano”.
“Funcionou a democracia. Perdemos algumas câmaras e ganhamos outras”, acrescentariaAntónio Maurício dos Santos antes de passar a palavra a Óscar Santos. Já o candidato e ex-autarca, Óscar Santos, admitiu que “os resultados são surpreendentes. Não era este o resultado que esperávamos”.
Aguarda-se no entanto o pronunciamento do presidente do MpD.