O Hospital Baptista de Sousa marcou com “máxima urgência” a junta médica de Maria Augusta Santos, 53 anos, que se encontra acamada na sequência de uma uveíte ou inflamação no revestimento interior pigmentado do olho, conhecido por úvea ou trato uveal. A informação foi avançada ao Mindelinsite pela filha de Maria Augusta, residente em Santiago, que garantiu que a evacuação está da marcação da consulta em Portugal. Esta aproveitou para demarcar-se de Paulo Miranda que, afirma, agiu em nome próprio, sem consultar ninguém. Disse ainda que, mesmo estando a viver fora de S. Vicente, os dois filhos também cuidam da mãe.
Esta relata que a mãe começou a ser atendida nos serviços da Policlínica do Hospital Baptista de Sousa em S. Vicente em finais de abril, onde foi-lhe diagnosticada uma uveíte. Após medicação, no dia 06 de maio, observaram dois buracos periféricos na retina de Maria Augusta. “Fizeram então uma junta médica de urgência, com indicação que a paciente teria necessidade de evacuação para tratamento. Entretanto, a minha mãe foi orientada a fazer repouso absoluto. Deste então, ela tem sido seguida mensalmente e aguarda evacuação”, explica a filha, que optou por manter o anonimato.
No dia 31 de agosto, prossegue, após consulta de rotina, a equipa de oftalmologistas constatou que o caso tinha piorado. Fez-se então uma adenda, referindo que o quadro da doente agravou e reafirmou a necessidade de evacuação “com máxima urgência”, com marcação da junta médica para ontem, 03 de Setembro. Tudo isso leva a filha a esclarecer que, até agora, não houve qualquer negligencia por parte da equipa de médicos que tem estado a acompanhar a mãe. Isso não obstante a reportagem do Mindelinsite não ter, em momento nenhum, referido o termo negligencia.
Em jeito de clarificação, esta garante que o processo de evacuação se encontra pendente “de uma resposta do sistema de saúde” em Portugal para marcação da consulta. “Após contato com o Ministério da Saúde de Cabo Verde, foi-nos informado que todos os processos de evacuação para Portugal se tornaram mais lento devido a pandemia do Covid-19”, detalha.