Os três indivíduos detidos na segunda-feira, 8, suspeitos da morte de Giovani Rodrigos, vão aguardar julgamento em prisão preventiva, anunciou o Tribunal de Bragança. Estes três vão juntar aos dois que já estavam em prisão preventiva.
“Nos dias 8 a 10 de junho (…) decorreu primeiro interrogatório judicial de três arguidos detidos, todos do sexo masculino, com idades entre os 24 e os 31 anos, tendo o tribunal proferido decisão que, em síntese, se traduz na afirmação de existência de fortes indícios da prática, por cada um dos arguidos, em coautoria material e concurso real, de três crimes de ofensa à integridade física qualificada e de um crime de homicídio qualificado consumado”, lê-se no comunicado.
Com esta decisão, eleva-se para oito o numero de pessoas detidas por suspeitas de envolvimento na morte do jovem estudante.
O caso remonta a 31 de dezembro de 2019. Giovani Rodrigues, que estudava no Instituto Politécnico de Bragança, morreu no hospital após ter sido violentamente agredido na Avenida Sá Carneiro, perto de uma discoteca. Tudo terá começado com uma discussão no interior do estabelecimento. Giovani estava acompanhado de três amigos. Fora do bar, estes foram abordados por um grupo de 15 pessoas. Ao tentar acabar com a rixa Giovani foi agredido com um objeto contundente.
A autópsia do jovem foi inconclusiva, não esclarecendo se a morte foi provocada pelas agressões ou pela queda que sofreu depois quando caminhava no centro da cidade e perdeu a consciência. Já em estado de coma, foi transferido para o Hospital de Santo António, no Porto, onde esteve internado dez dias, até morrer.
Recorde-se que a PJ já tinha detido, a 16 de janeiro, cinco homens, com idades compreendidas entre os 22 e os 35 anos, indiciados pelo crime de homicídio qualificado, três deles na forma tentada. Dois estão em prisão preventiva. Giovani, de 21 anos, era natural da ilha do Fogo e tinha viajado em outubro para Bragança para se formar em Design de Jogos Digitais.
C/TVI.PT