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Crise interna na UNTC-CS: Filiadas de S. Vicente contra-atacam

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Os dirigentes sindicais, actuais e antigos, condenam a queixa apresentada ao Tribunal pela Secretaria-Geral da UNTC-CS contra a União dos Sindicatos de S. Vicente, considerando-o absurdo. Segundo Eduardo Fortes, os sindicalistas entendem que a finalidade última da queixa é a expulsão da USV das instalações onde estão sediadas pelo que apelaram a realização, urgente, à realização de uma reunião do Conselho Nacional para analisar a situação interna da UNTC-CS e para tomar as medidas que se impõe para que se possa ultrapassar esta crise, que afecta a central e os trabalhadores. 

Alega que, mais de três anos sobre a eleição da SG, nunca se apresentou ao órgão competente, o Conselho Nacional, o relatório de actividades e as contas para apreciação e aprovação. “O CN, que é o órgão máximo da UNTC-CS entre congressos, não se reuniu desde 2017, quando nos termos dos Estatutos, o mesmo deve reunir-se anualmente”, sustenta Fortes, para quem é falso o argumento de falta de meios que a SG apresenta para justificar a não convocação do CN, tendo em conta aquilo que herdou do seu antecessor.

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Fortes questiona também o facto de até hoje não se ter substituído, estatutariamente, o presidente de mesa do CN falecido desde 2017. O mesmo acontecendo com os dois vice-presidente que estão demissionários desde dezembro de 2017. Lembra, por outro lado, que os sindicatos que contestam a liderança da SG, Joaquina Almeida, são maioria. No entanto, foram marginalizados e afastados das actividades da Central Sindical, sendo o exemplo mais flagrante o que aconteceu por altura das comemorações dos 40o aniversario da UNTC-CS em que nenhum deles esteve presente no acto que assinalou a efeméride. 

“Houve um apagão da UNTC-CS no momento em que os trabalhadores mais dela necessitavam e necessitam, deixando de ter uma presença forte, de ser uma voz activa, critica e reivindicativa, uma força capaz de se impor e fazer-se respeitar no mundo laboral nacional”, lamenta, realçando ainda o facto de, a nível internacional, existirem problemas graves que colocam em risco projectos importantes para esta Central, caso por exemplo do Centro de Formação na Praia em parceria com a OGBL de Luxemburgo, e o Centro de Formação em Hospitalidade e Turismo no Mindelo, em parceria com a UGT de Portugal. 

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Este denuncia, por outro lado, a criação de sindicatos nos sectores já cobertos pela UNTC-CS, sob o patrocínio da SG, o que cria divisão e fomenta a concorrência sindical dentro da própria Central. O mais caricato, diz, é que, à revelia dos Estatutos, Joaquina considera esses sindicatos filiados na UNTC-CS, fazendo-se acompanhar dos mesmos em audiências, conferencias de imprensa e reuniões de Concertação Social quando os estatutos dizem que só o CN tem poder e competência para aceitar ou rejeitar pedidos de filiação de sindicatos. 

Constança de Pina

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Constanca Pina

Formada em jornalismo pela Universidade Federal Fluminense (UFF-RJ). Trabalhou como jornalista no semanário A Semana de 1997 a 2016. Sócia-fundadora do Mindel Insite, desempenha as funções de Chefe de Redação e jornalista/repórter. Paralelamente, leccionou na Universidade Lusófona de Cabo Verde de 2013 a 2020, disciplinas de Jornalismo Económico, Jornalismo Investigativo e Redação Jornalística. Atualmente lecciona a disciplina de Jornalismo Comparado na Universidade de Cabo Verde (Uni-CV).

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Um Comentário

  1. A queixa, foi sempre e será, feminina!! Transcrevemos:”Os dirigentes sindicais, actuais e antigos, condenam a queixa apresentada ao Tribunal pela Secretaria-Geral da UNTC-CS contra a União dos Sindicatos de S. Vicente, considerando-o absurdo.”

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