Um cometa entrou no Sistema Solar e vai passar perto da Terra ainda este mês de dezembro, o que está a atrair grande atenção da comunidade científica. A definição de perto são, neste caso, 190 milhões de quilómetros, um pouco mais do que a distância da Terra ao Sol, que é da ordem dos 149 milhões de quilómetros.
Uma foto captada por astrónomos da Universidade de Yale (EUA) revela que o cometa tem 1,6 quilómetros, mas os gases que formam a cauda atingem impressionantes 160 mil quilómetros. Corresponde a 14 vezes a dimensão da Terra. “É humilhante perceber quão pequena é a Terra ao lado deste visitante”, diz Pieter van Dokkum, professor de Astronomia de Yale.
Foi descoberto no final de agosto pelo astrónomo amador russo Gennadiy Borisov, cujo nome foi atribuído ao cometa. “O objeto atingirá o pico de brilho em meados de dezembro e continuará a ser observável com telescópios de tamanho moderado até abril de 2020. Posteriormente, só será observável com telescópios profissionais e maiores até outubro de 2020“, revelou Dave Farnocchia, do Laboratório de Propulsão a Jato da NASA.
Será no domingo, dia 8 de dezembro, que o 2l/Borisov, originalmente designado por C/2019 Q4 (Borisov), passará mais próximo da Terra. Os astrónomos estão a aproveitar a visita do cometa para “obter informações sobre os blocos de construção de planetas em sistemas diferentes dos nossos”, explicou Greg Laughlin, professor de astronomia de Yale.
Este é o segundo objeto interestelar a ser captado pelos astrónomos. O primeiro objeto vindo de outro sistema estelar observado na Terra foi o Oumuamua, em outubro de 2017. Mas os cientistas acreditam que existem outros visitantes interestelares a passar pelo Sistema Solar sem serem detetados.
No futuro, a instalação de observatórios como o Large Synoptic Survey Telescope, no Chile, que está previsto entrar em funcionamento em 2022, deverá permitir a observação de outros cometas, mesmo os de pequena dimensão. Agências espaciais em todo o Mundo esperam também conseguir realizar missões que permitam intercetar e estudar objetos interestelares. A Agência Espacial Europeia está a preparar uma missão para intercetar cometas, que está prevista pare 2028.
O Halley é o mais famoso dos cometas e o único que passa regularmente no horizonte terrestre, sendo visível a olho nu. Pelo menos desde o ano 240 a.C. que é observado desde a Terra, havendo relatos na China, Babilónia e na Europa. Só em 1705 o astrónomo inglês Edmond Halley conseguiu determinar que se tratava do mesmo cometa que passava e era visível da Terra com uma periodicidade de entre 74 e 79 anos. A superfície do Halley é composta por materiais não voláteis e poeirentos. Apenas uma pequena porção do Halley é composta por gelo. A última aparição ocorreu em 1986 e a próxima visita está marcada para 2061.
Fonte: CM
Será que existe gente nesse planeta não é perigoso esse planeta passar encostadinha na Terra