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Economia

FIC despede-se da Lajinha com nostalgia, aspirando que o Centro de Congressos e Feiras seja uma realidade em breve

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A Feira Internacional de Cabo Verde despede-se das instalações da Lajinha com nostalgia, mas aspirando que o Centro de Congressos e Feiras, a ser construído na Zona Industrial do Lazareto, seja uma realidade em breve. Estes são os desejos do presidente do Conselho de Administração da FIC SA, Gil Costa, que aproveitou a ocasião para agradecer os apoios dos sucessivos governos, os parceiros e anteriores direções da FIC pelo sucesso deste evento, enquanto maior plataforma de negócios de Cabo Verde.

Um sucesso também assinalado pelo presidente da Câmara do Comércio de Barlavento, Belarmino Lucas, e pelo Primeiro-ministro, que presidiu ontem à tarde a abertura deste certame de negócios e para quem a presença dos empresários nesta feira é uma demonstração de confiança na economia, nas oportunidades e possibilidades de Cabo Verde em crescimento e desenvolvimento. 

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A localização, estabilidade, segurança, boa governação, confiança, qualidade dos recursos humanos e abertura ao mundo são activos que, diz Ulisses Correia e Silva, permitem Cabo Verde posicionar-se como plataforma turística, aérea, marítima, digital, financeira, comercial e industrial, e ainda da diáspora para atrair capacidades, competências e investimentos. “É através destas que a economia nacional ganhará maior diversificação e orientação para mercados externos e aumentará o seu potencial de crescimento. Esta inserção faz-se com o sector privado a investir e com o Governo a criar as condições institucionais, económicas e sociais favoráveis”, constata o Primeiro-ministro. Este realçou ainda que o Governo considera o sector privado determinante para o crescimento económico e o emprego. 

Neste sentido, disse, o Executivo tem sido consequente nas políticas e nas medidas, com resultado na relação de um Estado parceiro com as organizações empresariais e com as empresas e na criação de um ecossistema facilitador de investimento. “Os investimentos públicos e parcerias público-privado estão orientados para melhorar as condições de atratividade económica das ilhas que estimulem e incentivem o investimento privado. É caso de investimento na formação profissional, reconversão profissional e estágios profissionais investimentos estratégicos na Educação, entre outros.”

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Momento simbólico e de mudança da FIC

O presidente da Câmara do Comércio de Barlavento preferiu falar das edições da FIC que, a seu ver, foram progressivamente consolidando o seu estatuto enquanto uma feira de referência no país e na região, e que chega agora a um momento simbólico e de mudança de paradigma e de figurino de exposição em S. Vicente. “Ao longo destas 23 edições, a FIC afirmou-se como um momento, evento e local incontornável para a promoção dos negócios e desenvolvimento do sector privado nacional”, constata Belarmino Lucas, destacando a presença crescente de empresas nacionais. 

Tudo isso para concluir que valeram a pena estes 23 anos de esforço e de aposta neste projecto, que agora regista uma internacionalização crescente, muito por conta do potencial de negócios que Cabo Verde representa, resultado da sua inserção regional e pertença a blocos económicos e políticos, relações e parceira especial com as maiores economias do mundo. “Assim, para além da presença habitual das empresas portuguesas e brasileiras, acrescenta-se a participação de empresas e empresários de diversas outras nacionalidades, nomeadamente de países da CEDEAO, China, Espanha e outros, como expositores e/ou visitantes profissionais”, pontua.

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Já o presidente da FIC agradeceu todos os presentes, em especial as delegações dos países que se deslocaram propositadamente para estar nesta feira. Enfatizou a presença considerável dos expositores, visitantes e parceiros, e destacou o apoio dos sucessivos Governos à feira. Gil Costa realçou ainda o facto de, nestes 23 anos, a FIC, enquanto plataforma de negócios, ter permitido ao país conhecer ganhos de competitividade, sobretudo no binômio preço-qualidade, mas também a nível da diversificação de bens, produtos e negócios. O PCA da FIC referiu a internacionalização da economia de Cabo Verde, graças a essa exposição, enquanto economia de circulação no Atlântico médio.

Isto explica os números desta edição, 88 empresas organizadas em cerca de 180 stands, um elevado número de visitantes. Aliás,  a nível logístico, indicou, há uma procura excedentária e condicionada, o que o leva a acreditar que a deslocalização das instalações da Lajinha potenciará mais oportunidades e facilidades. Ainda assim, admitiu uma certa nostalgia por esta feira estar a sair da sua “zona de conforto” e aspirou que o futuro centro de congressos e feiras do pais seja uma efectiva realidade.

Constança de Pina 

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Constanca Pina

Formada em jornalismo pela Universidade Federal Fluminense (UFF-RJ). Trabalhou como jornalista no semanário A Semana de 1997 a 2016. Sócia-fundadora do Mindel Insite, desempenha as funções de Chefe de Redação e jornalista/repórter. Paralelamente, leccionou na Universidade Lusófona de Cabo Verde de 2013 a 2020, disciplinas de Jornalismo Económico, Jornalismo Investigativo e Redação Jornalística. Atualmente lecciona a disciplina de Jornalismo Comparado na Universidade de Cabo Verde (Uni-CV).

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