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Moçambique: Ong’s denunciam votação com morosidade e tentativas de fraude

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A Organização Não-Governamental moçambicana Sala da Paz considerou que a abertura das mesas de votação das 6ªs eleições gerais está a decorrer “normalmente” em todo país, mas admitiu “morosidade”, em alguns locais

“De forma geral, o que observamos desde a abertura das mesas de votação é que está a decorrer normalmente e, claro, com alguma morosidade em algumas mesas”, disse Ndzira de Deus, representante da Sala da Paz.

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Ndzira disse que houve também atraso na entrega das urnas, boletins de votos preenchidos, e “alguns ilícitos” que já estão a ser observados.

Tentativas de fraude

Já a organização não-governamental CIP – Centro de Integridade Pública deu conta de que os seus correspondentes reportaram “casos de tentativas de enchimentos de urnas em Nampula”, em vários locais de voto. Numa delas, uma escrutinadora de nome Selma Francisco foi encontrada com boletins de votos pré-marcados para a Frelimo, prestes a ser introduzidos nas urnas”, avança um comunicado da organização.

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No distrito de Milange (província da Zambézia), localidade de Dachua, um cidadão foi detido com mais de 6 boletins votos extras. Ainda em Milange, na localidade de Chitambo, mais um cidadão foi surpreendido com boletins de voto pré-marcados a favor da Frelimo”, acrescenta a CIP.

De acordo com a ONG, as assembleias de voto “abriram normalmente em todo o país, com poucos problemas que não paralisaram a votação por longos períodos”. A afluência às urnas é até agora “mista”.

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Há filas de eleitores principalmente no Niassa, Nampula, Zambézia e Sofala. Em Mecuburi e Nacala as filas chegam a atingir mais de 400 eleitores enquanto em Massinga, Xai-Xai e Builene, Bagamoio (Maputo-Cidade), havia assembleias de votos sem eleitores por volta de 9 horas” relata a CIP, no que entende como “um prenúncio de baixa participação”.

Esta ong aponta ainda que algumas mesas “não abriram” na Beira, como o caso de uma mesa numa escola no bairro da Manga, “porque a urna não tinha tampa”. Outras estações de voto no Niassa não tinham aberto até às 10h00 locais por não terem ainda recebido o “material de votação”.

13,1 milhões de eleitores votam hoje para escolher o Presidente da República, 250 deputados, dez governadores provinciais e respetivas assembleias. As sextas eleições gerais de Moçambique contam com quatro candidatos presidenciais e 26 partidos a concorrer às legislativas e provinciais, sendo que só os três partidos com assento parlamentar no país (Frelimo, Renamo e MDM) concorrem em todos os círculos eleitorais.

C/Lusa

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Constanca Pina

Formada em jornalismo pela Universidade Federal Fluminense (UFF-RJ). Trabalhou como jornalista no semanário A Semana de 1997 a 2016. Sócia-fundadora do Mindel Insite, desempenha as funções de Chefe de Redação e jornalista/repórter. Paralelamente, leccionou na Universidade Lusófona de Cabo Verde de 2013 a 2020, disciplinas de Jornalismo Económico, Jornalismo Investigativo e Redação Jornalística. Atualmente lecciona a disciplina de Jornalismo Comparado na Universidade de Cabo Verde (Uni-CV).

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