O PSOE venceu legislativas e recuperou a liderança política em Espanha com 28,8%, mas não atingiu a maioria absoluta. Conseguiu apenas 123 deputados, pelo que Pedro Sanchez vai ser obrigado a celebrar pactos políticos para poder formar Governo. A extrema-direita elegeu 24,
Depois de uma campanha eleitoral dura, os deputados eleitos pelos socialistas praticamente duplicam em relação ao segundo partido mais votado, o Partido Popular (PP), que desce dos 137 deputados eleitos em 2016 por Mariano Rajoy para apenas 66. Liderada por Pablo Casado, a formação colheu, ontem, a derrota mais pesada da sua história, obtendo apenas 17% dos votos. “O resultado foi muito mau”, admitiu o candidato popular.
Na noite de ontem, o silêncio na sede do PP contrastava com a euforia na Calle Ferraz, sede do PSOE em Madrid, onde os socialistas festejavam a primeira vitória desde 2008. “Ganhou o futuro e perdeu o passado”, afirmou Sánchez, perante milhares de simpatizantes que gritavam “não passarão”. “Enviámos uma mensagem à Europa de que se pode ganhar ao autoritarismo e à involução”, destacou, mostrando-se convicto de que vai continuar a “governar Espanha”.
O escrutínio também consolidou os socialistas como a força hegemónica na Esquerda, à frente da coligação Unidas Podemos, que desce de 71 para 42 deputados (14%). Ainda assim, a formação conseguiu, nas últimas semanas, recuperar algum terreno, conseguindo o seu principal objetivo – “travar a Direita” -, como afirmou o líder, Pablo Iglesias.
Na primeira reação após os resultados, o candidato do Podemos mostrou-se disponível para entrar num Governo de coligação com o PSOE. No seu conjunto, Podemos e socialistas conseguiram 165 deputados, ainda longe da maioria absoluta (176), pelo que um Executivo à Esquerda estaria ainda dependente do apoio de formações nacionalistas.
C/JN