Correia e Silva diz que Guiné Equatorial vai abolir pena de morte
O Primeiro-ministro afirmou que a pena de morte na Guiné Equatorial será abolida até ao final do ano, informação que disse ter recebido de Teodoro Obiang, em visita oficial a Cabo Verde. Ulisses Correia e Silva falava à imprensa no final de uma visita ao chefe de Estado da Guiné Equatorial.
Ulisses congratulou-se com a decisão da Guiné Equatorial de abolir a pena de morte, a ser concretizada este ano. “O Presidente assegura que o conjunto de reformas institucionais para tornar a Guiné Equatorial um Estado democrático respeitado será implementado, o que é uma boa notícia para Cabo Verde e para a Comunidade dos Países de Língua Portuguesa.”
Segundo o PM, o diálogo com Obiang incluiu uma conversa sobre os esforços e investimento na língua portuguesa, tendo em conta que a Guiné Equatorial é um país da CPLP. “Há um engajamento reforçado, ao nível da possibilidade de existirem professores cabo-verdianos ou portugueses na Guiné Equatorial, conforme as possibilidades desse país”, referiu o PM de Cabo Verde, país que assume este ano a presidência rotativa da CPLP.
Está ainda a ser analisada a possibilidade de estudantes da Guiné Equatorial frequentarem cursos em Cabo Verde, através de “uma parceria especial que vai ser desenvolvida com o Instituto Internacional de Língua Portuguesa (IILP), sediado na cidade da Praia, para que a assunção desse compromisso firme da integração plena da Guiné Equatorial seja uma realidade”.
Para Ulisses Correia e Silva, estes são “progressos evidentes” que a Guiné Equatorial está a fazer. “Há uma declaração inequívoca [sobre a abolição da pena de morte] do Presidente da República da Guiné Equatorial, um prazo fixado. Tudo aponta que será concretizado ainda este ano. E além disso, outras reformas de natureza política se seguirão”, declarou.
O chefe de Estado da Guiné Equatorial chegou segunda-feira a Cabo Verde, onde foi recebido pelo seu homólogo de Cabo Verde. No mesmo dia, Jorge Carlos Fonseca ofereceu um banquete a Obiang no Palácio da Presidência.
Na ocasião, Jorge Carlos Fonseca manifestou “total disponibilidade para continuar a contribuir para a plena integração” da Guiné Equatorial na CPLP, “seus princípios e valores”. E saudou, em particular, o propósito “claramente manifestado” por Teodoro Obiang de “ver abolida a pena de morte na Guiné Equatorial ainda durante este ano de 2019”.
Após a visita de Ulisses Correia e Silva, o Presidente da Guiné Equatorial visitou a Assembleia Nacional. Tinha também previstas visitas ao Núcleo Operacional da Sociedade de Informação (NOSI) e ao Data Center.
À tarde, a comitiva desloca-se à Cidade Velha, para um percurso guiado com o presidente da Câmara da Ribeira Grande. Vai visitar ainda ao Centro de Energias Renováveis e Manutenção Industrial e à Escola de Hotelaria.
C/Lusa