O fundador do Wikileaks, uma organização sem fins lucrativos sediada na Suécia que publica postagens de fontes anónimas, documentos, fotos e informações confidenciais, vazadas de governos e empresas sobre assuntos sensíveis, foi detido esta quinta-feira, na embaixada do Equador em Londres, onde estava refugiado há sete anos. O jornalista Julian Assange perdeu o asilo diplomático, após “sucessivas violações das condições impostas pelo país”, anunciou o Presidente do Equador, Lenín Moreno.
A detenção de Assange aconteceu um dia depois de o porta-voz desta organização, Kristinn Hrafnsson, ter alertado que este estava a ser espiado, segundo o “Guardian”. Em conferência de imprensa, Hrasfnsson disse que o fundador do Wikileaks estava a ser alvo de chantagem com a ameaça de divulgação de vídeos, áudios e documentos como exames médicos.
Julian Assange, 47 anos, deixou de ter acesso à internet em março. Na mesma altura foi impedido de receber visitas naquela embaixada. Está acusado na Suécia de abusos sexuais sobre duas mulheres, podendo ser extraditado para o país após a sua detenção. Também os EUA apelam à extradição de Assange devido à divulgação de milhares de documentos confidenciais do Estado norte-americano e das suas Forças Armadas.
O Presidente do Equador garantiu que as autoridades britânicas lhe asseguraram que não iriam extraditar o fundador do Wikileaks “para um país onde poderia sofrer tortura ou mesmo pena de morte”, refere o “El País”.
C/Expresso.pt