
O Centro Nacional de Artesanato e Design, em São Vicente, será palco da apresentação das obras da terceira edição da Banda Desenhada dos Países de Língua Portuguesa (BDPALOP), projecto que junta argumentistas e ilustradores de Cabo Verde, Angola e Moçambique. Serão lançadas nove livros e o evento contará com a presença dos autores nacionais.
De acordo com Odair “Dai” Varela, serão apresentados nove livros novos dos 27 já lançados. De Cabo Verde, o público poderá conhecer os trabalhos de seis criativos: Dracaena Draco (Gilda Barros e Erickson Fortes); Pidrim (Gilardi Fortes e Christy Reis) e A Família Glé (Merly Tavares e Cheila Delgado). “Os livros foram feitos em duplas, sendo um ilustrador e um argumentista. Serão apresentados três livros de Cabo Verde, três de Angola e três de Moçambique, dentro do projecto, que é beneficiária do fundo ProCultura-PALOP-TL, financiado pela União Europeia e cofinanciado e gerido pelo Instituto Camões, I.P.”,detalha.
Dai Varela explica que este projecto vem sendo trabalhado desde 2022 e tem como principal propósito criar uma cadeia de valores para dar retorno à estes artistas. E entra agora na sua última fase, com o lançamento desta colecção composta por nove obras criadas por autores de Cabo Verde, Angola e Moçambique, resultado de um processo de selecção, formação, mentoria e intercâmbio artístico. “Este projecto tem tido um grande impacto, espelhado no lançamento destas obras, dos quais nove são de autores e ilustradores nacionais”, pontua, destacando o aumento do interesse em participar dos concurso de selecção.
O projecto que atribui uma bolsa literária anual superior a 135 mil euros, montante que é distribuído a nível dos três países: Cabo Verde, Angola e Moçambique, e mais de 300 horas de formação aos participantes. “Este projecto não se resume a publicar um livro, contempla formação, mentoria até chegar a fase final de editar a obra. Os participantes são capacitados como argumentistas e como ilustradores.”
Dai Varela alega que já foram impressos cerca de 21 mil exemplares e, destes, mais de quatro mil já foram vendidos nos quatro cantos do mundo, especialmente na região dos Países Africanos de Língua Portuguesa (Palops). Por tudo isso, Dai Varela diz que o projecto é para continuar, embora ainda não esteja garantido o financiamento para as próximas edições. O próximo passo, afirma, é tentar entrar no mercado brasileiro.






