Dez militares da Guarda Nacional Republicana (GNR) e um agente da Polícia de Segurança Pública (PSP) foram detidos numa operação policial para cumprimento de 50 mandados de busca e 17 de detenção em Beja, Portalegre, Figueira da Foz e Porto. São suspeito de crimes de auxílio à imigração ilegal, falsificação, fraude fiscal e branqueamento de capitais.
Em comunicado a Polícia Judiciária informa que está a realizar uma megaoperação denominada ‘Safra Justa’ de desmantelamento de uma rede de tráfico humano. Já foram detidos 10 militares da GNR e um elemento da PSP, e os elementos das autoridades terão facilitado a ação do grupo criminoso.
A organização criminosa que controlava centenas de trabalhadores estrangeiros, a maioria em situação irregular em Portugal, diz a nota, realçando que há suspeitas de envolvimento de militares da GNR nesta rede de trafico de seres humanos. “45 trabalhadores agrícolas imigrantes viviam em condições miseráveis e desumanas. Foram todos levados para a base aérea de Beja onde vão ser ouvidos”, detalha.
Segundo a PJ, através de empresas de trabalho temporário, criadas para o efeito, a rede “aproveitava-se da vulnerabilidade dos mesmos, explorando-os, cobrando alojamentos e alimentação e mantendo-os sob coação através de ameaças, havendo mesmo vários episódios de ofensas à integridade física”.
Participam na operação cerca de 300 elementos da PJ de Lisboa, Évora e Algarve. Está a ser dado o comprimento de cerca de 50 de mandados de busca e 17 mandados de detenção, em Beja, Portalegre, Figueira da Foz e Porto. Os detidos serão presentes ao Ministério Público.







