Os presidentes dos EUA, Donald Trump, e do Egípcio, Abdel Fattah, presidirão uma cúpula de paz em Gaza, na cidade egípcia de Sharm el-Sheikh. A reunião acontecerá na tarde de segunda-feira, 13, com a participação de líderes de mais de vinte países e terá como objetivo “encerrar a guerra em Gaza, intensificar os esforços para chegar a paz e a estabilidade no Oriente Médio e inaugurar uma nova era de segurança e estabilidade regionais”.
De acordo com a imprensa internacional, a presidência da França anunciou ontem que o presidente Emmanuel Macron, viajará ao Egito na segunda-feira para discutir com outros participantes “as próximas etapas da implementação do plano de paz”. O chefe de governo espanhol, Pedro Sánchez, o primeiro-ministro do Reino Unido, Keir Starmer, e a primeira-ministra da Itália, Giorgia Meloni, também são esperados no país, assim como o Secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres.
Sánchez se tornou uma das vozes mais críticas à ampliação da operação militar de Israel contra Gaza, tendo anunciado em setembro um pacote de nove medidas para pressionar o governo do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu a encerrar o conflito. O presidente da Espanha já se manifestou publicamente em defesa dos palestinos em Gaza em algumas ocasiões e chegou a classificar a ação militar israelense no enclave como “genocídio”.
Em sentido contrario, a primeira-ministra italiana, uma política de extrema direita, foi criticada por seu silêncio pela oposição, depois que milhares de pessoas saíram às ruas da Itália para protestar contra a guerra em Gaza e exigir ações do governo. Durante a Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas, em meio à mobilização internacional pelo reconhecimento do Estado palestino, Meloni recuou em sua decisão de não aderir ao movimento.
Na ocasião, a governante declarou que não se oporia ao reconhecimento de um Estado da Palestina sob duas condições: a libertação dos reféns pelo Hamas e a exclusão do movimento islamista de um futuro governo. Na sexta-feira, o chefe da diplomacia egípcia, Badr Abdelatty, e o secretário de Estado americano, Marco Rubio, discutiram os preparativos para a reunião, especificamente “a participação na cúpula de Sharm el-Sheikh e a implementação da primeira fase do acordo de cessar-fogo”.
Segundo o acordo de cessar-fogo que entrou em vigor na sexta-feira, o Hamas vai libertar na segunda-feira os 48 reféns israelitas que ainda estão em Gaza, alguns vivos e outros mortos em cativeiro. Já Israel deve libertar 250 prisioneiros palestinos, incluindo alguns que cumprem penas de prisão perpétua por ataques fatais, além de outros 1.700 detidos pelo Exército israelita durante operações militares em Gaza desde os ataques do Hamas em 7 de outubro de 2023.
Juntamente com os Estados Unidos e o Catar, o Egito desempenhou um papel decisivo nas negociações que levaram ao acordo de cessar-fogo. A primeira fase do acordo foi baseada no plano de paz em 20 pontos proposto por Trump.
C/Globo e Agências