Navio da armada espanhola “Bam Rayo” vai escalar o Porto Grande para entregar 7 toneladas de ajuda humanitária
O navio da armada espanhola “Bam Rayo” vai escalar o Porto Grande entre 4 a 5 de setembro, para entregar sete toneladas de ajuda humanitária em resposta ao pedido formulado pelo Governo de Cabo Verde, na sequência das inundações ocorridas em S. Vicente, informou a embaixada de Espanha no país. A ajuda humanitária foi doada pela Agência Espanhola de Cooperação Internacional para o Desenvolvimento (AECID) para Cabo Verde.
De acordo com um comunicado da embaixada espanhola na cidade da Praia, o ministro dos Assuntos Exteriores confirmou que o navio está carregado com 720 kits de higiene, que abasteceram 3.600 pessoas, durante um mês. “Esta operação, coordenada com o Ministério da Defesa, responde à emergência humanitária causada pelas fortes chuvas e ventos de 11 de agosto, que deixaram milhares de pessoas sem acesso à água potável, alimentos e cuidados de saúde”, explicou José Albares.
A embarcação, prossegue, zarpou ontem, segunda-feira, de Las Palmas, com destino a Cabo Verde, com sete toneladas de suprimentos compostas por kits de higiene familiar projetados para atender às necessidades destas pessoas. A embaixada realça ainda que a AECID também aumentará o financiamento para o desenvolvimento de Cabo Verde, contribuindo para a reconstrução das áreas afetadas e a recuperação dos meios de subsistência da população.
“As chuvas torrenciais da noite de 10 de agosto causaram inundações devastadoras nas ilhas de São Vicente e Santo Antão, causando pelo menos nove mortes e afetando mais de 119 mil pessoas, com casas destruídas, centros de saúde inundados e comunidades isoladas. Milhares de pessoas perderam o acesso à água potável, alimentos e cuidados de saúde”, justificou.
Os fenômenos climáticos, detalha, causaram inundações e deslizamentos de terra, destruindo edifícios e infraestruturas e forçando a evacuação de um grande número de pessoas, criando uma situação de extrema vulnerabilidade. “Esta situação aprofunda um contexto já crítico, com uma situação de contingência em todo o país devido ao risco de propagação da dengue e reintrodução da malária.”
“A escassez ou falta de acesso à água e as dificuldades de higiene aumentam o risco de surtos de outras infecções, agravando assim uma situação preocupante”, conclui.
