Francisco Carvalho venceu à primeira volta das eleições directas à liderança do Partido Africano da Independência de Cabo Verde (PAICV), e afirmou, numa curta publicação, sentir-se “o presidente de todos os militantes do partido”. De acordo com os dados divulgados por essa força política, dos mais de 10 mil militantes que votaram, 65.32% depositaram a sua confiança no actual presidente da Câmara da Praia.
Carvalho agradeceu este apoio e garantiu que a vitória é de todos. “Sinto-me profundamente honrado e emocionado por este gesto de fé no meu compromisso e na nossa causa comum. Assumo esta missão com humildade e com a plena consciência da grande responsabilidade que agora começa”, escreveu. O novel presidente do maior partido da oposição reconheceu que nem tudo serão “flores” a partir de agora, mas prometeu trabalhar com todos para fortalecer o partido.
“Sei que os desafios são muitos, mas acredito firmemente que, juntos, seremos capazes de fortalecer o nosso partido e construir um Cabo Verde mais justo, mais inclusivo e mais solidário”, reforçou, deixando claro que a vitória é de todos e conta com cada um e todos podem contar com ele.
O presidente-cessante do PAICV reagiu destacando o término da jornada onde os militantes foram às urnas escolher um novo líder. “Os resultados ditaram a escolha do candidato Francisco Carvalho para Presidente do PAICV. Felicito, por esta via, o camarada pelos resultados conseguidos e pela vitória à primeira volta e desejo ao mesmo muitos sucessos na missão que se inicia agora.”
Rui Semedo deixou palavras de estímulo e de reconhecimento aos outros três candidatos pela contribuição que deram para a intensificação e o crescimento da democracia interna. “É meu dever também reconhecer o trabalho feito pela Comissão Nacional de Jurisdição e Fiscalização, pelo Secretário Geral e restantes membros do Secretariado e por todas as pessoas que, de uma forma ou outra, contribuíram para este desfecho,” pontuou.
Reconheceu ainda o trabalho “sério e muito profissional” feito por Jorge Lopes e Irina Lopes na construção e gestão da base de dados do PAICV que, afinal, serviu muito bem para as eleições. “Sempre fui claro, e disse-o em espaço próprio, que o trabalho das pessoas deve ser reconhecido. Um reconhecimento também a todos os militantes que foram às urnas e, de forma responsável e ordeira, fizeram a sua escolha,” acrescentou, indicando que a partir de agora deixaram de existir candidatos e a prioridade é unir o partido em torno de causas e de desafios do desenvolvimento deste país.
Terminou lançando um apelo aos militantes e simpatizantes para “enterrar todos os machados”, ultrapassar as mágoas e sarar as feridas para um PAICV vitorioso.
