Há bem pouco tempo, no clímax da saga com a Best Fly, mandando nas nossas vidas, sem apelo nem agravo, um tal de Tarzan&Jane; distribuíam viagens, empregos, champanhe e caviar por aí; eram recebidos em Palácios e “tabancas” exclusivas de honorables, onde davam lições sobre o negócio no Aerospace! Na altura, perante o vendaval de reclamações e ocorrências alarmantes, fomos esclarecidos pelo Ministro Carlos Santos de que, dentre outros assuntos que não correspondiam à verdade, mas pura má fé de uns, uma aeronave ( imaginem!) era suficiente para a demanda existente no mercado interno mas que, para se aliviar alguma pressãozita que se fazia sentir por aí, uma segunda aeronave (imaginem!) estava a caminho!
Por: Américo Faria Medina
Ainda os ecos dessas afirmações, transtornos imensos e impactos na vida das pessoas e instituições dessa negra aliança BestFly/Estado se fazem sentir, já temos sobre a mesa, ou melhor nos ares uma decisão de 04 aeronaves no mercado interno !
O que é que mudou na cabeça do “jumento”? Análise de conjuntura ? Ano pré-eleitoral ? Estrondosa derrota eleitoral do MPD ? Resultados da AFROSONDAGEM ?
É impressionante – e profundamente revoltante – assistir a esse espetáculo de políticos que, mesmo diante de análises claras, apelos fundamentados e alertas de cidadãos idôneos, tomam em momentos cruciais decisões erráticas, cegas e completamente desalinhadas com o interesse público, respondendo a in$ight$ alheios aos nossos interesses!
Esses senhores e senhoras, que deveriam ser guardiões do bem comum, preferem agir como marionetes nas mãos de investidores sem escrúpulos, obedecendo cegamente a pressões de grupos de interesse, muitas vezes com agendas ocultas e lucros fáceis.
Não há estratégia de longo prazo, não há visão de futuro, no sector de transportes aéreos da república! Há apenas um desfile de medidas paliativas, tomadas no calor da pressão eleitoral, mediática ou de lobbies poderosos, enquanto os verdadeiros problemas estruturais continuam a apodrecer sob a superfície.
Quando os interesses particulares prevalecem sobre o interesse do Estado, a credibilidade das instituições desaba, e com ela, a confiança do cidadão. Estamos cansados de discursos vazios, promessas recicladas e gestões que só servem para perpetuar o ciclo vicioso de atraso, dependência e descrença.
O preço dessa falta de coragem política, dessa manipulação a que estamos sujeitos pelas mãos de “jumentos” políticos dóceis, é pago por todos nós: nos serviços públicos precários, nas oportunidades desperdiçadas, no desenvolvimento que nunca chega.
Mas a história está aí para nos provar que ela não se esquece, e que é tão implacável como incontornável no momento da sentença! O tempo das marionetes políticas está contado, mais cedo ou mais tarde, os fios que os sustentam também irão se partir – e aí, cairão com estrondo!
Afinal a realidade acaba sempre por nos impôr a sua verdade, independentemente dos brados e “bênçãos” de qualquer Tarzan&Jane, que impressiona jegues, mas não os que caminham na vertical!