O candidato do MpD à presidência da Câmara Municipal de São Vicente pediu na noite desta sexta-feira uma maioria absoluta aos militantes e amigos do partido para poder governar com tranqüilidade e estabilidade, perspectivando o seu quinto mandato consecutivo, incluindo o com a edil Isaura Gomes. Para isso, apelou ao voto de todos o, incluindo não militantes, para garantir a vitória. “São Vicente ka ê nem andor e nem passadeira pe passagem de modelo. Caloteiros li ca tem lugar e es ê um câmara d’trabalho’, foram alguns bordões utilizados por Gust para galvanizar e animar os militantes durante o seu discurso.
Com o lema ‘Soncent na primer lugar’, Augusto Neves foi ovacionado pela plateia ao subir ao palco. Explicou que, para este mandato, se apresenta mais experiente, com um maior conhecimento desta ilha e com condições de fazer muito mais para o desenvolvimento de S. Vicente, sobretudo depois destes quatro anos em que praticamente nada conseguiu fazer. ‘Todos sabem que a UCID e o PAICV se juntaram para derrubar esta Câmara. Por isso não conseguimos aprovar nada e nem realizar concursos porque eram travados na CM. Sinto que temos alguma dívida para com a população.’
Por isso, disse, precisa de mais um mandato para trabalhar e para fazer tudo aquilo que não conseguiu. Agora acredita estar em condições de dar uma melhor contribuição para S. Vicente. ‘É por isso que estamos a pedir uma maioria absoluta à população para podermos trabalhar com tranqüilidade e não termos problemas de recolha de lixo e outras coisas simples que podíamos ter ultrapassado. Queremos fazer um mandato onde conseguiremos resolver grande parte dos problemas da ilha.’
Não obstante as muitas candidaturas, Gust acredita que tem todas as condições para ganhar com maioria absoluta, à semelhança do que aconteceu antes, nomeadamente em 2016. ’S. Vicente sempre teve muitas candidaturas, mas temos certeza de que iremos ter uma grande maioria. As pessoas estão conscientes do boicote realizado pela UCID e o PAICV, dois partidos que se juntaram para prejudicar S. Vicente. Queremos mostrar aos sanvicentinos que conseguimos fazer uma câmara melhor.’
Para isso, afirmou, já tem uma equipa preparada. Um grupo experiente, mas também com muitas caras novas e que está determinada e disposta a trabalhar para S. Vicente. A título de exemplo, citou a candidata a presidente da AMSV, Helena Fortes, que antes, numa curta intervenção, já tinha manifestado a sua satisfação pelo convite para encabeçar a lista para a Assembleia Municipal e prometido trabalho, total transparência e fidelidade para vencer o desafio do desenvolvimento da ilha.
Ulisses faz elogios a Gust e Lena Fortes
O presidente do MpD rasgou elogios aos candidatos à CMSV e AMSV. Destacou igualmente a parceria entre a CMSV e o Governo, que, diz, tem dado bons frutos. ‘Vamos a estas eleições para vencer, com bons candidatos, bom programa e, mais importante, com boa atitude. E é a atitude que faz a diferença e mostra aquilo que somos. Os nossos candidatos têm atitude positiva, de compromisso e de amor a S. Vicente. Espero que no dia 01 de dezembro concretize aquilo que todos esperamos, uma grande vitória para esta ilha e para o MpD’, disse Ulisses Correia e Silva, elencando as características que levaram o seu partido a escolher Gust e Lena para encabeçaram as listas ventoinhas na ilha de S. Vicente.
O líder máximo do MpD aproveitou para reforçar o apelo ao voto para uma vitória clara e inequívoca para que os candidatos tenham condições de governabilidade e estabilidade na CMSV e na AMSV, mas também para respeitar a vontade da população. Sobre este particular, lembrou o que aconteceu nas últimas eleições autárquicas em que o partido mais votado, o MpD, não conseguiu assumir a presidência da assembleia municipal. ‘Por isso é importante, desta vez, termos ma vitória clara e inequívoca para sabermos quem vai e como vai governar e estar na AMSV como presidente.’
A apresentação dos cabeças de listas do MpD para S. Vicente contou com a presença de várias figuras do partido, dirigentes de instituições e serviços desconcentrados do Estado na ilha.